Em todos os anos, o mês de setembro ganha a cor amarela nas ações da saúde, para discutir sobre a valorização da vida e a importância do combate ao suicídio. No município de Neópolis, a campanha também ocorre, com ações ao longo de todo o mês. A campanha começou por meio de uma parceria entre a Associação Brasileira de Psiquiatria e o Conselho Federal de Medicina, com a data principal sendo o dia 10, Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
No município, setembro ganha um novo significado em alusão ao período, dentro das ações do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) José Nelson Santos. “O mês é repensado para que os trabalhadores junto com usuários do caps façam rodas de conversas, passeatas alusivas a esta data, assim como, fomentar o fortalecimento de vínculo entre os trabalhadores, usuários e familiares”, destaca o coordenador da Atenção Básica de Saúde do município, Rodrigo Soares.
Rodrigo inclusive lembra que o trabalho do CAPS ocorre durante todo o ano, sempre que qualquer usuário precisar de ajuda. “A porta de entrada é realizada pelas Unidades Básicas de Saúde, que através de 8 equipes de saúde da família identificam os usuários com possíveis transtornos mentais e encaminham para o CAPS José Nelson Santos. Além disso, o CAPS José Nelson Santos já possui os atendimentos consolidados com os usuários para que façam deus devidos acompanhamentos”.
O CAPS José Nelson Santos possui referência técnica especializada para realização de acolhimento, acompanhamento, monitoramento, incluindo enfermeira, técnico de enfermagem, assistente social, psicólogo, médico psiquiatria para atendimento da demanda emergencial caso necessário. O atendimento nele pode ser espontâneo ou referenciado. Caso o atendimento parta inicialmente das equipes de saúde, basta aparecer na unidade com o cartão do SUS ou CPF. E para atendimento especializado, encaminhamento do profissional ao serviço do CAPS.
Ajudando
E para o Setembro Amarelo, não custa lembrar que a ação de ajudar alguém que está passando por momentos de dificuldade ou sofrimento pode partir de qualquer pessoa, uma vez que toda ajuda com o fim de valorizar a vida sempre é bem-vinda. “O primeiro passo é o acolhimento da pessoa com transtorno mental com possível ideação suicida. Em seguida reconhecer os fatores que podem desencadear as ideias suicidas”, lembra Rodrigo.
Ele pontua ainda que a percepção de quaisquer problemas com a pessoa que tem qualquer ideia suicida deve ocorrer sempre o mais rápido possível. “É importante reconhecer os transtornos mentais precocemente, conhecer a história pessoal e uma possível tentativa de suicídio. Além disso, observar comentários que demonstrem desespero, desamparo como: ‘eu desejaria não ter nascido’, ‘eu preferia estar morto’. Fatores socais como, vulnerabilidade, luto, dentre outros fatores que levem ao prejuízo psicossocial”, completa o coordenador.
Por ASCOM Neópolis