Aracaju, 10 de janeiro de 2025
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Prefeitura de Aracaju trabalha para reestruturar o Centro de Apreensão de Animais da Emsurb

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O Centro de Apreensão de Animais da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) de Aracaju enfrenta uma série de problemas herdados da gestão anterior, que deixou o espaço em estado de abandono. A precariedade estrutural é evidente, com currais em condições críticas que necessitam de manutenção urgente, além de um canal aberto que representa riscos tanto para os animais quanto para os funcionários.

O descarte inadequado de resíduos, incluindo materiais hospitalares como agulhas e outros itens utilizados em tratamentos veterinários, é outro problema alarmante. Por nove anos, esses resíduos não foram recolhidos de forma correta, sendo descartados de maneira improvisada e fora das normas sanitárias e ambientais, comprometendo a saúde pública e o meio ambiente.

Entre os dias 1º e 8 de janeiro de 2025, 19 animais já foram resgatados pela equipe, reforçando a importância do centro e a necessidade de uma infraestrutura adequada para acolher esses animais de forma digna. O médico veterinário Wellington Júnior, recém-empossado no local, avaliou a situação: “Ao chegar aqui, percebi que a maior dificuldade está na estrutura. Os currais precisam urgentemente de manutenção para garantir a segurança dos animais. Outra questão essencial é a alimentação, já que muitos chegam desnutridos e demandam suporte adequado. Uma solução seria implementar uma área de cultivo de capim para alimentação, o que também ajudaria a reduzir custos. É fundamental oferecer condições mínimas para que esses animais possam se recuperar.”

A alimentação dos animais apreendidos é uma das maiores preocupações. Muitos chegam desnutridos, e a alimentação fornecida, composta basicamente por farelo, não é suficiente para garantir a recuperação nutricional. Uma proposta para solucionar esse problema é a criação de uma capineira e de uma área de pastagem no local, oferecendo uma alternativa sustentável para a alimentação dos animais.

Outro ponto crítico é o uso da água. Atualmente, a limpeza do espaço e a hidratação dos animais dependem exclusivamente da água potável fornecida pela concessionária local, resultando em altos custos para a Emsurb. A construção de um poço artesiano está sendo analisada como alternativa. Essa solução permitiria o uso de água subterrânea para múltiplas finalidades, como a limpeza do espaço, o consumo animal e a irrigação de plantas, promovendo economia e sustentabilidade.

Após visitas técnicas, o diretor de Espaços Públicos e Abastecimento da Emsurb, Bertulino Menezes, destacou as primeiras medidas de revitalização: “O centro de apreensão de animais está totalmente depredado. O que mais preocupa é a falta de comprometimento com os cofres públicos, especialmente o alto custo do consumo de água. Por isso, estamos avaliando alternativas como a implementação de poços artesianos, o que pode reduzir em cerca de 40 mil reais anuais as despesas com água.”

As cercas que protegem o local também estão em condições precárias, sem estrutura adequada para conter animais de grande porte, o que já resultou em episódios de fuga e roubo de animais. Desde a última limpeza adequada em 10 de dezembro, uma grande quantidade de rejeitos, incluindo fezes e lixo, se acumulou, agravando as condições insalubres do espaço.

Apesar das adversidades, a nova gestão, liderada pela prefeita Emília Corrêa e pelo presidente da Emsurb, Hugo Esoj, já traça planos para transformar o Centro de Apreensão de Animais em um espaço funcional e seguro. O compromisso inclui melhorias estruturais, práticas adequadas para o descarte de resíduos, intervenções de segurança e iniciativas que priorizem o bem-estar animal e a sustentabilidade. Esses esforços representam um passo importante para resgatar a relevância do centro para Aracaju, garantindo um serviço público mais eficiente e alinhado às necessidades da população e dos animais.

Foto: Ascom Emsurb

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