Após anos e anos, a população de Riachuelo ainda vem sofrendo com o péssimo atendimento da rede de distribuição de água oferecida pela Companhia de Saneamento de Sergipe (DESO). Desta vez, os moradores das localidades do Centro da cidade, Divineia, Sítio do Meio e Tasso Garcez reclamam da falta de abastecimento que estão enfrentando há dias. A situação moveu o vereador Rosemberg Hipólito (PT) a apresentar o segundo Requerimento no Legislativo Municipal, solicitando ao governador eleito, Fábio Mitidiere (PSD), que possa ver a possibilidade de ampliação da Estação de Tratamento de Água (ETA-DESO) para atender a comunidade.
O parlamentar afirma que a situação no Município está, praticamente, insustentável, pois a situação piora devido ao calor com a chegada do Verão. “Os moradores estão constantemente reclamando. E não só eles, na minha casa mesmo, falta direto e nós já reclamamos, já fomos conversar com diretoria da Companhia em Aracaju, por diversas vezes, e o problema não é resolvido. Todo o ano é a mesma coisa e se tornou comum ver moradores pegando água no rio com toneis em carroças e levando para suas casas”, relata o vereador “Berg”, como é mais conhecido.
Situação parecida é a da professora de Educação Física, Valdinete Correia. “Estou há oito dias sem água. Não tem água nem para escovar os dentes e, para piorar, tenho meu comércio que é uma academia e todos precisam tomar água para não se desidratarem. Peço que a situação seja resolvida ainda hoje, pois minhas contas estão em dia e chegam todo o mês. Isso é um desrespeito com a comunidade riachuelense”, reclama, indignada, a cidadã que mora rua Messias Marinho, no Centro da cidade.
Morando na rua Santa Luzia, Maria Simone da Silva, questiona por que a Deso não consegue resolver o problema na cidade de Riachuelo. “Gostaria muito de saber o que acontece com a Deso para ter tanta falta d’água em nossa cidade? Riachuelo sofre constantemente com a falta d’água e os motivos são os de sempre: ou porque chove e a correnteza leva a bomba, ou porque as máquinas estão em manutenção, e, com isso, quem sofre somos nós, consumidores. Necessito de água para tudo, pois sou mãe de duas crianças e também comerciante. Todos os meses, pago mais de R$300,00 nas minhas contas de água, nos boletos da Deso”, reforça o descaso cometido pela Companhia no Município.
A população também reclama das constantes intervenções na rede de abastecimento da zona urbana, algo que traz muitos contratempos como sujeira nas ruas, barulho e também falta de abastecimento nas localidades. “De três em três meses, vem uma equipe para fazer o serviço de corte na cidade. É sempre a mesma coisa e precisamos de uma solução urgentemente por parte do novo governador, eleito”, espera Simone.
TDantas Comunicação