Aracaju, 20 de setembro de 2024
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FECOMÉRCIO PROJETA A CRIAÇÃO DE 7 MIL EMPREGOS FORMAIS ENTRE OS MESES DE SETEMBRO E DEZEMBRO EM SERGIPE

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O estado de Sergipe se prepara para um último quadrimestre de 2024 promissor em termos de geração de emprego formal.

O Núcleo de Comunicação e Inteligência do Sistema Fecomércio estudou o cenário apontando a expectativa de que, entre setembro e dezembro, sejam criadas cerca de 7 mil novas vagas com carteira assinada, reflexo da retomada de atividades sazonais na agricultura e do dinamismo dos setores da indústria, comércio, serviços, construção civil e turismo.

Esse período é tradicionalmente marcado pelo aumento na demanda por mão de obra, especialmente em áreas rurais, onde a agricultura se destaca como uma das grandes impulsionadoras da economia sergipana. Além disso, a movimentação positiva no setor industrial, que acompanha o ritmo da produção agrícola e da produção local, reforça o cenário de aumento nas contratações.

O setor do comércio e serviços também ganha força nesse período, puxado principalmente pelo aquecimento das vendas e pelo crescimento nas atividades turísticas, com destaque para o fim de ano. O turismo, fortemente associado a eventos culturais e ao fluxo de visitantes em regiões litorâneas do estado, como Aracaju e municípios vizinhos, tem potencial de gerar empregos temporários e estimular a economia local. No setor de comércio, as contratações de fim de ano são esperadas, com o período natalino aquecendo as vendas e exigindo reforço nas equipes de vendedores, operadores de caixa, estoquistas e outros trabalhadores ligados ao varejo.

O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Marcos Andrade, explica o comportamento do mercado de trabalho neste ano, que tem sido atípico diante dos cenários de anos anteriores, com saldos mensais positivos em seis meses, apontados pelo CAGED.

“O ano de 2024, até o momento, tem sido marcado por um comportamento atípico no mercado de trabalho de Sergipe. Entre janeiro e julho, de acordo com o CAGED, seis meses registraram saldos positivos na criação de empregos, com apenas um mês apresentando retração. Esse padrão é um indicativo de um ano robusto para a economia estadual, com a expectativa de um saldo positivo em até 10 meses de 2024. Eu acredito que ao final do ano, tenhamos novamente cerca de 13 mil novas vagas com carteira assinada geradas em Sergipe, o que mantém o estado em um patamar elevado de geração de empregos, refletindo diretamente na qualidade de vida e no poder de compra da população”, disse Andrade.

O comportamento atual do mercado de trabalho se alinha com o bom desempenho de setores estratégicos como o comércio, que tem registrado um aumento significativo nas vendas em relação ao ano anterior. A variação anual positiva nas vendas do comércio é reflexo do aumento do consumo das famílias e da recuperação de alguns setores após os desafios enfrentados nos últimos anos. O setor de serviços também se destaca, tanto pelo aumento da demanda quanto pela adaptação às novas necessidades do mercado, com a ampliação de serviços digitais e presencialmente, o que estimula ainda mais as contratações, principalmente de trabalhadores qualificados, como explica Marcos Andrade, sobre o assunto.

“O Sistema Fecomércio-Sesc-Senac tem desempenhado um papel importante nesse processo, contribuindo com a qualificação da mão de obra e o fortalecimento do comércio e dos serviços locais. A expectativa é de que, com a continuidade de ações de fomento à capacitação profissional e o suporte às empresas, Sergipe mantenha seu ciclo de crescimento e continue gerando novas oportunidades de emprego”, comentou o presidente.

Outro ponto relevante a ser considerado no contexto de geração de empregos é o impacto das campanhas eleitorais que contratam pessoas entre agosto e outubro de 2024. Essas campanhas, em ano de eleições municipais, geram uma demanda temporária por mão de obra, movimentando diversos setores, desde publicidade, produção de material gráfico e digital até a contratação de equipes para a organização de eventos e mobilizações, além das pessoas que trabalham no campo, como os porta-bandeiras que são vistos nas cidades. Embora essa alta geração de empregos seja significativa durante o período eleitoral, é importante destacar que os postos são temporários e tendem a ser descontinuados após o fim das eleições, quando a maior parte dessas contratações é encerrada.

Em 2023, as projeções iniciais apontavam para a criação de cerca de 11 mil novos postos de trabalho ao longo do ano em Sergipe. Contudo, o dinamismo da economia local e fatores como o aquecimento do mercado de consumo e a recuperação dos setores produtivos acabaram superando as expectativas, e o estado encerrou o ano com mais de 13 mil empregos formais gerados. Para 2024, segundo o chefe de comunicação e inteligência do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac, Marcio Rocha, as expectativas são igualmente otimistas. Com a possibilidade de o clima econômico continuar favorável e o desempenho robusto dos principais setores da economia estadual, há a chance real de que o saldo de novos empregos em 2024 iguale ou até supere os números do ano anterior.

“O crescimento expressivo nas vendas do comércio e dos serviços tem sido um fator determinante para essa expectativa positiva. O consumo interno voltou a se intensificar, especialmente com a melhora na confiança do consumidor e o aumento do crédito disponível. Esse cenário de crescimento econômico impulsiona as empresas a ampliarem suas equipes, abrindo novas vagas e fortalecendo o mercado de trabalho. Assim, se as condições econômicas se mantiverem favoráveis, o estado poderá novamente registrar um saldo histórico na criação de empregos formais, consolidando Sergipe como uma referência no Nordeste em termos de recuperação econômica e geração de oportunidades”, afirmou o economista.

O Sistema S do Comércio é composto pela Fecomércio, Sesc, Senac, Instituto Fecomércio e 13 sindicatos patronais em Sergipe. Presidida por Marcos Andrade, a entidade é filiada à Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), que está sob o comando de José Roberto Tadros.

Texto e foto Márcio Rocha

 

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