O ano de 2022 continua sim bastante “turbulento”, politicamente falando; quem saiu derrotado ou está encerrando um “ciclo” na administração pública, só resta tirar um tempo para descansar e refletir, se continua atuando na conquistar um novo mandato eletivo ou se vai avaliar que já deu sua contribuição, como político e como gestor. Perder o “poder” ou ficar longe dele pode ser bem administrado, como também pode ser um problema, sobretudo, para quem não se preparou para o “mundo normal”.
É isso mesmo que vocês estão lendo: para este colunista, quem exerce um mandato eletivo ou atua direta em um cargo público, pode até ser beneficiado pela proximidade do Poder; as oportunidades “surgem” com mais facilidade. Até certo ponto, tudo parece conspirar a favor, mas, apesar de todas as benesses, ter uma vida pública “ativa” requer uma dedicação quase que “extraordinária”, há um desgaste físico e mental diferenciado, e algumas coisas do “mundo normal”, findam no “segundo plano”.
Quando se “fecham as cortinas”, quando o “brilho do Poder” se apaga, lamentavelmente o homem público presencia quem verdadeiramente acompanha suas ideias e seus projetos, aqueles que irão desfrutar da sua amizade ou que estavam apenas “ligados aos cargos”; mas é neste momento que estas figuras, quando “bem resolvidas” e prontas para a mudança, deixam de ser cobradas e, geralmente, voltam a andar tranquilamente pelas ruas, sem o “peso” da gestão, seja presidente, governador ou prefeito.
Também é neste momento que, quem venceu a eleição de outubro passado, no caso para presidente da República ou governador de Estado, também há uma transformação. Chega a hora que o discurso bem alinhado da campanha eleitoral, as entrevistas bem produzidas ou de improviso, as fotos tratadas com esmero e as imagens de afeto com o povo e vice-versa precisam de um “alinhamento” com a realidade, com a execução e prestação dos serviços.
A partir do dia 1º de janeiro, todos os que forem empossados, deixam de viver no “conto de fadas” e, logo, as cobranças surgem; o “encanto” dá lugar as exigências por cargos e reconhecimento, pelos aliados; e as críticas pelo cumprimento das promessas de campanha, pelos adversários e pelos que se dizem “neutros”; quem tem “bagagem” na vida pública sabe o quanto ela é fascinante, pelo poder de transformação social que ela oferta, mas também o tanto da responsabilidade que ela exige.
Em síntese, quem vai tomar posse como gestor público, nos próximos dias, precisa entender que passará a ser “vidraça”, que ficará exposto (a) e que vai precisar fazer um bom trabalho para evitar o “trincamento”. É comum (não é uma regra) esperar ao menos 100 dias da nova gestão para cobrar. Nem todo mundo espera todo esse tempo; nem os adversários e, muito menos, a própria população, sobretudo quem votou a favor, que geralmente espera “respostas rápidas”. É “cabeça boa” para administrar tudo isso…
Veja essa!
Através de suas redes sociais, o governador eleito Fábio Mitidieri (PSD) confirmou a Major Anne Bastos para comandar o Gabinete Militar do Estado. “Será a primeira mulher negra a exercer a função em Sergipe”, destaca.
E essa!
“Policial Militar há 24 anos, ela já passou pelo Batalhão de Choque e pela Força Nacional”, acrescentou o governador eleito, dando as “boas vindas” à futura auxiliar. Fábio inovou com uma mulher negra, mas setores da oposição que estavam cobrando, agora silenciam…vá entender!
Olha o Ipes!
Para o Ipesaúde quem vai comandar é o médico mastologista Cláudio Mitidieri Simões, função fundamental para a rede de saúde e atenção aos servidores públicos e familiares. “Precisamos dinamizar a administração para superar os atuais desafios e oferecer um serviço com mais qualidade”, pontua o governador eleito.
Quem é Cláudio?
Cláudio é formado pela UFS, foi diretor do Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher, atuou como presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia – Regional Sergipe e diretor-técnico da Maternidade São José, em Itabaiana.
Foco na Juventude
Fábio também confirmou Larissa Alves para a Superintendência Especial da Juventude, área que passa a integrar a estrutura da governadoria. “Os jovens, que têm demandas urgentes como capacitação, cultura e ingresso no mercado de trabalho, foram fundamentais na campanha e serão imprescindíveis na gestão. Larissa conhece as políticas públicas para a juventude e vai me ajudar a implantá-las”, revela.
Samuel na Renascer
Apesar de ser bem votado para deputado federal, o deputado estadual Capitão Samuel, idealizador do Projeto “Batalhão da Restauração”, é o nome mais cotado para assumir o comando da Fundação Renascer no governo de Fábio Mitidieri. Terá desafios pela frente, até pelos “vícios” que vai encontrar, mas costuma ter atitude e posição firme, algo necessário para promover as mudanças que o órgão tanto requer…
Exclusiva!
A coluna recebeu a informação de que o governador eleito Fábio Mitidieri vai promover uma renovação no comando de dois órgãos da administração: teremos mudanças na Emdagro e na Adema; por sua vez, são fortes os rumores assegurando a continuidade de Paulo Sobral como diretor-presidente da Cohidro.
Bomba!
Equilibrando as forças: se os Ribeiros estão indicando um técnico para dirigir a DESO, surgiram rumores de que os Reis de Lagarto vão indicar outro (a) para o comando da Fundação Hospitalar de Saúde. Se confirmada a informação, o município estará bem representado e bastante fortalecido.
Ele fica!
Também chega a informação de que o governador eleito gostou do trabalho desempenhado pelo diretor-presidente do DER, Anderson Nascimento, e o mesmo deve ser mantido no cargo para o novo governo, apesar de alguns setores especularem sobre mudanças no órgão.
Venâncio como adjunto
Nessa “contagem regressiva” para o início do novo governo, chega outra exclusiva: diretor de relação institucionais da Alese, o ex-deputado estadual Venâncio Fonseca teve seu nome especulado como secretário adjunto de uma Pasta estratégica, mais próxima ao governador, para ajudar na articulação com o Legislativo.
Sobre a oposição I
Há uma grande interrogação sobre como será a postura da oposição ao seu governo. Até alguns deputados eleitos por outra coligação não demonstram disposição para o “enfrentamento” com o governador. Por enquanto, o único que sinaliza (e se equivoca muito) é o candidato derrotado e senador da República, Rogério Carvalho (PT).
Sobre a oposição II
O petista tem errado a mão, tem se precipitado e dá demonstrações claras de que não assimilou bem o resultado negativo nas urnas. Rogério sequer esperou o início do novo governo para tecer críticas, inclusive em relação ao secretariado que acaba de ser anunciado.
Sombra de Lula
Vai precisar sair da “sobra de Lula” para tentar construir uma liderança política de oposição em Sergipe. Pode (e deve) cobrar sim de Mitidieri, mas tudo no seu tempo, e com equilíbrio. Terá dificuldade para “liderar no grito”…
Olha a dica!
Com um pouco de experiência que adquiriu ao longo dos anos escrevendo e ouvindo sobre política, sobretudo nos bastidores do Poder, este colunista pontua para os assessores do novo governo de Mitidieri: a partir de 1º de janeiro a turma passa a ser “vidraça”, ou seja, passarão a ser cobrados.
Mais humildade
É importante enfatizar ainda que há sim uma grande expectativa e torcida para que o governo de Mitidieri dê muito certo; há quem possa tentar atrapalhar, mas para um bom começo nada melhor do que uma “dose reforçada” de “humildade”. Dá muito certo para quem chega com muita vontade de acertar…
CRÍTICAS E SUGESTÕES
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