Aracaju, 20 de setembro de 2024
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Vereador chama atenção para que cultivo da maconha para uso medicinal não seja para tráfico

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“Não somos contra o uso medicinal, mas temos que ter certeza de que o cultivo da Cannabis será feito para este fim, e não para traficar drogas”, disse o parlamentar

O vereador Eduardo Lima (Republicanos) usou o Pequeno Expediente, na manhã desta quinta-feira, dia 16, na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), para se colocar contra a Marcha da Maconha na Praia da Cinelândia, que deve acontecer no dia 26 de maio, e alertar sobre a necessidade de fiscalização da substância para o uso medicinal, que pode ser usado como pretexto para traficar drogas, e citou o caso de uma associação no município de Salgado (SE), que vem sendo investigada pelo Departamento de Narcóticos (Denarc) da Polícia Civil do Estado.

“Como pastor e cidadão que estende a mão para várias famílias que sofrem com familiares viciados em drogas ilícitas, e como vejo pessoas chegarem às igrejas pedindo ajuda, externo minha preocupação em relação ao uso da maconha. Não somos contra o uso medicinal, mas temos que ter certeza de que o cultivo da Cannabis será feito para este fim, e não para traficar drogas”, alertou o vereador.

Em Aracaju, um grupo de militantes chamado de “Marcha da Maconha Aracaju/SE”, organiza um evento na Praia da Cinelândia, na Orla da Atalaia, no dia 26 de maio. “…vamos marchar em união pelo fim da guerra às drogas, em prol da liberdade, da informação e contra a criminalização das pessoas que usam maconha! (SIC)”, diz uma nota nas redes sociais.

Os militantes também são contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 45, “que prevê como mandado de criminalização a posse e o porte de entorpecentes e drogas afins sem autorização ou em desacordo com determinação legal, ou regulamentar”, já aprovada no Senado Federal e que deverá ser votada na Câmara dos Deputados.

“A gente trabalha e pensa em todas as famílias que chegam no Caps, igrejas, associações e órgãos do Terceiro Setor em Aracaju, com familiares sofrendo porque usaram de forma recreativa e hoje se viciaram, vendendo o que tem e o que não tem para manter o vício da maconha. É algo que eu trabalho, me preocupo e vejo in loco o sofrimento de famílias. Temos que ter responsabilidade”, destacou o vereador.

Por Leonardo Teles

Foto: Gilton Rosas

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