O senador Antônio Carlos Valadares (PSB), com 23 anos de Senado [completa o seu terceiro mandato em 2018] entra de licença por 120 dias a partir desta quarta-feira (21) e em seu lugar assume o advogado Elber Batalha de Goés (PSB), que o acompanha desde 1994, quando disputou o seu primeiro mandato de senador.
Neste atual mandato, que conclui em 2019, Elber Batalha estava na segunda suplência, mas passou para a primeira em consequência da morte do ex-presidente da Petrobras José Eduardo Dutra (PT). Valadares vai se submeter a uma cirurgia de hérnia e ficará em repouso por alguns dias. Para tratar de assuntos particulares, o senador continuará a licença até março, quando reassume o mandato.
O senador Valadares já declarou, anteriormente, que a cirurgia é para se preparar para as eleições de 2018, quando tentar o seu quarto mandato ou “até mesmo o Governo do Estado”, embora não haja nenhuma decisão sobre essa segunda possibilidade.
Atividade humana – Segundo a agência de notícias ‘Política Real’, “o senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), um dos mais experientes senadores nordestinos, fez um discurso no início da noite desta terça-feira (21), destacando a política como atividade humana, os maus políticos e o futuro que teremos pela frente. Ele deverá se licenciar nesta semana por 120 dias. Ele irá fazer um cirurgia adiada há meses e, na prática, vai aproveitar o Natal, fim de ano e Carnaval para, além de descançar, fazer muita política, ele que não esconde que deseja continuar no Senado Federal. Em 2018, ele terá que renovar seu mandato, pois está no grupo dos 2/3 do Senado que precisará ir às urnas. O outro 1/3 do Senado terá mandato até 2022. Assumirá o mandato o suplente Elber Batalha de Goes, juiz aposentado e nome histórico do PSB.
Em seu discurso, Valadares disse que “há uma crise no Brasil de descrédito quase que generalizado quanto à atuação de nossos agentes públicos, de nossos políticos, da nossa classe política. Parece que a população já tomou consciência de que campanhas políticas, de onde nascem as promessas, e a realidade depois da posse são coisas muito diferentes. Esse descrédito é tão elevado, que as pesquisas às quais tive acesso, algumas delas publicadas, mostram de forma muito clara que o eleitor brasileiro está descrente: mais de 60%, chegando a até 70% dos que são pesquisados, dizem que não querem votar e simplesmente não respondem à pergunta sobre o candidato ali posto na pesquisa.”
O senador não escondeu seu pessimismo e disse que teme que muitos mandatos sejam comprado no lugar de serem conquistados.
“Boa parte dos mandatos será comprada infelizmente e veremos algumas poucas investigações que irão a fundo e chegarão a bom termo.”, disse. Ele salientou que a população quer o novo, porém vai saber respeitar os trabalhos sérios dos mais antigos.
“O povo sempre está atrás do novo, de um novo projeto, de um novo programa, mas não repudia os mais velhos que surjam com novas ideias para tirá-lo do sufoco e da decepção em que vive. A longevidade bem-sucedida, que avança e acompanha a modernidade, é uma fonte segura de renovação de métodos e ações. A renovação é um estado de espírito que é sempre bem-vinda ao aperfeiçoamento da democracia, e ela, a renovação, se encontra numa sociedade sem preconceitos, na cabeça de pessoas de todas as idades, e dos que lutam para melhorar a vida do povo.”, disse