Aracaju, 24 de novembro de 2024
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Sindicatos assinam Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023 da FHS

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Foi quase uma década de luta e de defasagem salarial, sem falar da pandemia da Covid-19, um longo caminho percorrido pelos trabalhadores da saúde até a conquista do ACT

Os trabalhadores da saúde que enfrentaram a pandemia contra a Covid-19, após muita luta e várias reuniões de negociação, conseguiram assinar o Acordo Coletivo de Trabalho 2022/2023 da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) na última quinta-feira, dia 12 de maio, na Secretaria Estadual de Saúde.

Os empregados assistentes de enfermagem I tiveram reajuste de 27,37%, já os assistentes de enfermagem II e demais empregados de nível médio tiveram reajuste de 22%. Já os empregados da FHS com formação superior tiveram um reajuste de 10%. O aumento salarial será pago a partir de maio, com retroativo ao mês de abril.

Dirigente do SINDASSE (Sindicato dos Assistentes Sociais de Sergipe), Anselmo Menezes destacou que houve um avanço significativo para os trabalhadores e as trabalhadoras junto à Secretaria Estadual de Saúde. Anselmo afirmou que o auxílio alimentação que era de R $300 passou para R $500. O auxílio educação pago no valor de R $100 e que só atendia estudantes com até 6 anos de idade passou a atender estudantes de até 14 anos e o valor aumentou para R $300. Também foi criado o auxílio funeral no valor de R $2.500. Outra conquista foi o direito à Licença Prêmio de 3 meses para cada 5 anos de trabalho.

“Avalio este ACT conquistado como um ganho considerável. Não chega a recuperar as perdas acumuladas ao longo de mais de uma década, pois o último ACT é de 2011. O Estado tem uma dívida enorme com os empregados públicos. Apesar dos avanços, não atingimos um patamar necessário para que haja uma mínima valorização dos trabalhadores e das trabalhadoras da saúde que foram tão fundamentais neste momento de pandemia e em todos os momentos. Vamos seguir unidos na luta por mais melhorias e mais avanços”, afirmou Anselmo.

Dirigente do SINPSI (Sindicato dos Psicólogos de Sergipe), Déborah Cavalcante entende que a assinatura do ACT deve animar a categoria a seguir na luta por novas conquistas. “Acredito que foi o primeiro passo para conquistas futuras. Continuação de uma luta árdua, mas que diante do cenário atual vivenciado, tivemos ganhos significativos para a categoria que vem acumulando perdas de Direitos a algum tempo”.

A Central Única dos Trabalhadores (CUT Sergipe), junto aos vários sindicatos de trabalhadores da saúde, participou da construção das reuniões e protestos até esta conquista.

“Essa é a demonstração de que a luta faz a lei. Foi depois da organização e luta dos trabalhadores que o Estado recuou. Até o ano passado, não havia nada. Por isso, nós parabenizamos todas as entidades sindicais que construíram a luta unificada na porta da Secretaria de Estado de Saúde. Os sindicatos conseguiram mostrar para a população a realidade dos trabalhadores da saúde que foi tratado como herói na pandemia, mas na verdade há quase uma década estava sendo desvalorizado pelo Governo do Estado”, afirmou Roberto Silva, presidente da CUT/SE.

Foto assessoria

Por Iracema Corso

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