Na noite dessa terça-feira, 22, o auditório do Museu da Gente Sergipana, espaço símbolo da cultura e da identidade do povo sergipano, foi palco de um momento histórico e emocionante. A cerimônia de certificação da primeira edição da Rede Sergipana de Mulheres Empreendedoras reuniu cerca de 30 mulheres que, após dez meses de formação intensiva, subiram ao palco para receber seus certificados, encerrando um ciclo marcado por trocas, aprendizados e transformações e consolidando uma rede de apoio que promete ir muito além da sala de aula.
Idealizado pelo Grupo Gambiarra, em parceria com o Instituto SER, e financiado por emendas parlamentares do senador Alessandro Vieira junto ao Ministério da Cultura, o programa ofereceu 10 módulos teóricos e práticos, abrangendo desde autoconhecimento e universo contábil até educação financeira, branding e estratégias de comunicação. Mentorias individuais, encontros de networking e desafios criativos — como a participação da Feirinha da Gambiarra — garantiram que cada participante não só assimilasse conceitos, mas também aplicasse na prática os aprendizados.
Em seu discurso na cerimônia, a idealizadora da Rede, Isabele Ribeiro, expressou que seu sentimento de dever cumprindo e assegurou que esse é só o início da jornada estabelecida pela Rede. “Mas é com o coração cheio de orgulho e emoção que a gente celebra hoje a formatura da primeira turma da Rede Sergipana de Mulheres Empreendedoras. Esse momento não é apenas o fim de um ciclo de muito aprendizado, mas o início de muita coisa boa e muitos frutos que a gente plantou agora com essa rede. Brilhem muito, com muita resiliência, que eu acho que é a palavra de ordem para quem empreende. Essa rede continua, essa rede segue, vocês sabem disso, a gente não vai encerrar por aqui”, prometeu.
Entre as formandas, o poema de Louise Rosendo traduziu o impacto do projeto. “Para todos, essa noite celebra uma grande semeadura. Algo que nasceu de corações sonhadores que encontraram solo fértil e esperaram o tempo certo. Pensar na nossa rede como um abro-floresta é uma bela metáfora, onde uma planta nutre a outra. Juntas formamos uma floresta diversa, viva e pulsante”, disse.
Já em sua fala, também enquanto representante da primeira turma Paloma Nazianzeno, lembrou o poder da autenticidade e do amor como motores da ação coletiva. “Que isso acompanhe tudo o que fizermos e fomos, mulheres únicas, diversas e em rede. Amor e mulher são um motor contínuo do mundo. Quando escolhemos amar nosso projeto, nossa vida, nossas ideias, escolhemos nos mover contra o medo, contra a alienação, contra a separação”, reforçou.
Quem também compôs o dispositivo de entrega dos certificados foi uma das madrinhas da iniciativa, Camila Goudinho, enfatizou o cuidado como diferencial do programa. “Que seja a primeira turma dessa rede, que a gente a cada ano celebre o aumento dessa rede, que novas mulheres sejam beneficiadas, impactadas e passam a fazer parte dessa rede de mulheres se fortalecendo mutuamente. Não é fácil empreender, então juntas elas são com certeza muito mais fortes”, reforçou Goudinho.
Com os certificados em mãos, as 28 formandas saíram do auditório não apenas com um documento, mas com uma rede de apoio consolidada, um repertório técnico-prático robusto e o compromisso de continuidade. A Rede Sergipana de Mulheres Empreendedoras encerra sua primeira edição lançando sementes de um futuro em que o empreendedorismo feminino em Sergipe floresce a partir da colaboração, da resiliência e do afeto coletivo.
Foto: Rafael Borgatto
Obará Comunicação Integrada