O ministro Marcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência, coordenou, neste sábado, 25, em Aracaju, a reunião da corrente interna do PT, Construindo um Novo Brasil. No encontro, que reuniu dezenas de militantes, lideranças e representantes dos movimentos sociais, o ministro fez uma análise da conjuntura política atual, com um balanço dos dois primeiros anos do governo Lula. Marcio destacou ainda a importância dos filiados do partido fazerem a defesa dos avanços pelos quais o país tem passado no atual governo e alertou sobre a propagação constante de fake news.
“Estamos vivendo uma nova quadra histórica e este momento hoje é muito importante. Nosso maior e principal instrumento é o governo popular do presidente Lula, os partidos do povo e, em especial, os movimentos sociais e a militância do PT. Precisamos entender que a conjuntura política atual mudou e, mesmo tendo um governo, como o do presidente Lula, que tem feito um grande trabalho, é preciso fazer o debate político e de comunicação com a sociedade, em defesa da democracia e do nosso governo”, afirmou o ministro.
Márcio Macedo destacou que o processo interno de eleição direta do PT, que ocorrerá neste ano, deve servir tanto para fortalecer o partido quanto para preparar a militância para os desafios do presente e do futuro. “A prioridade da nossa corrente, a CNB, é a defesa do presidente Lula e sua reeleição. Não cabe projeto pessoal, nem qualquer outro projeto. Não poderemos permitir que o Brasil volte a ser governado pelo ódio, pela intolerância e pela estupidez. Por isso, a eleição interna servirá para oxigenar o partido e preparar a nossa militância para os próximos desafios”, disse.
Conjuntura nacional e internacional
Em seu discurso, o ministro alertou para o avanço da extrema direita no mundo e os reflexos desta situação no Brasil. “O PT vive um momento que exige de nós agir com muita competência e vitalidade. Vivemos uma conjuntura internacional de avanços da extrema direita, de avanços dos setores conservadores e isso tem refletido no nosso país. A eleição e posse de Donald Trump representa um pouco esse momento. Quem assistiu à cerimônia, vivenciou um verdadeiro show de horrores, de apresentação de propostas e projetos anti-civilizatórios e com a presença de milionários que se apropriam das redes digitais para financiar essa extrema direita. E nós temos um desafio grande, de enfrentar esse momento, pois a mesma coisa que Trump diz nos EUA, Miley diz na Argentina, e Bolsonaro diz no Brasil. Todos eles reproduzem um discurso de ódio, de mentiras, fácil de pegar e de disseminar. Não podemos permitir que isso aconteça. Precisamos enfrentar essa extrema direita com a verdade, com militância nas ruas e nas redes sociais. A democracia, neste momento, corre riscos. Os valores da humanidade, a fraternidade, a igualdade, a justiça social, o combate à fome, estão em disputa. Essa turma não gosta de pobre, de preto, de movimento social, de mulheres empoderadas, da comunidade LGBTQI+, da classe trabalhadora”, afirmou.
“O Brasil vai muito bem”
Marcio Macedo destacou, no entanto, que no Brasil, o governo do presidente Lula tem feito grandes avanços em todas as áreas. “O Brasil hoje vive um momento de grandes investimentos públicos e privados, de equilíbrio fiscal. O país está avançando, todos os programas de proteção aos cidadãos estão em pleno funcionamento, a indústria e o agronegócio estão batendo recordes, mas, ainda assim, não temos a avaliação que o presidente Lula tinha em seus governos anteriores. E por qual motivo? Porque a política hoje vai além das entregas. Ela é movida pela disputa ideológica. Por isso o presidente hoje continua fazendo entregas, mas também tem se fortalecido na disputa política, pois é preciso fazer este debate, este enfrentamento. 2025 é o ano da verdade vencer a mentira para fortalecer o nosso projeto político”, ressaltou.
Texto e foto assessoria