A prefeita de Aracaju Emília Corrêa concedeu uma entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (10), e informou que instaurou uma auditoria para verificar as contas da Maternidade Municipal Lourdes Nogueira.
De acordo com a prefeita Emília Corrêa (PL), um levantamento inicial junto ao Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (ITPS), a unidade possui uma dívida de quase R$ 15 milhões, além de atrasos nos pagamentos de médicos e fornecedores.
Ela explicou que a unidade de saúde recebe aproximamente R$ 7 milhões mensais para realizar até 600 partos por mês, mas nunca atingiu a meta estipulada, chegando, no máximo, a 200 procedimentos mensais.
“Há um valor de R$ 7 milhões mensais para que se cubra os partos. A meta de 600 por mês nunca chegou, o máximo foi 200. É superfaturamento, porque os partos em uma maternidade privada saem muito mais em conta. R$ 6 ou 7 mil, com esse contrato estava saindo por mais de R$ 20 mil”, disse a prefeita.
Ainda segundo a prefeita, a auditoria, conduzida pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e pela Controladoria-Geral do Município, foi instaurada nesta quinta-feira, 9, e tem um prazo de 60 dias para ser concluída. Segundo o controlador-geral Paulo Márcio, a primeira etapa consiste na análise de documentos e na realização de entrevistas com os envolvidos.
Emília Corrêa disse ainda que o contrato pode ser suspenso, e que providências estão sendo tomadas para contornar a situação. “Não vamos admitir que essas pessoas fiquem impunes. Queremos um exemplo de responsabilidade e justiça com o erário público”, disse.
Foto: Arthur D’ávila