Aracaju, 4 de julho de 2024
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Capitais têm apenas 25 mulheres pré-candidatas à prefeitura nas eleições de 2024; seis em Aracaju

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Apenas 25 mulheres são pré-candidatas à prefeitura das capitais brasileiras nas eleições municipais de 2024, apesar das novas normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para prevenir fraudes na cota de gênero.

O levantamento exclusivo da GloboNews com os partidos de maior bancada na Câmara dos Deputados revela uma presença feminina concentrada em poucas capitais, com destaque para Aracaju (SE), que lidera com seis pré-candidatas.

Entre os partidos, a Federação PSOL-Rede, a Federação PT, PCdoB e PV, União Brasil e NOVO têm o maior número de pré-candidatas. A distribuição das candidaturas femininas nas capitais mostra uma disparidade significativa: 12 das 26 capitais não possuem pré-candidatas mulheres.

*Aracaju se destaca nacionalmente*
Aracaju é a capital com o maior número de pré-candidatas, contando com cinco mulheres na disputa: Danielle Garcia (MDB-SE), Yandra Moura (União-SE), Emília Corrêa (PL-SE), Candisse Carvalho (PT-SE), Niully Campos (PSOL-SE) e Delegada Katarina (PSD-SE). Esse destaque reflete um avanço significativo em comparação com outras capitais, onde a presença feminina ainda é bastante reduzida.

*Distribuição das pré-candidaturas por partido e capital*
Os partidos com maior número de pré-candidatas são:

– *Federação PSOL-Rede (5 candidatas)*: incluindo nomes como Camila Valadão (Vitória-ES) e Andrea Caldas (Curitiba-PR).
– *Federação PT, PCdoB e PV (4 candidatas)*: com Maria do Rosário (Porto Alegre-RS) e Camila Jara (Campo Grande-MS).
– *União Brasil (4 candidatas)*: destacando Rose Modesto (Campo Grande-MS) e Mariana Carvalho (Porto Velho-RO).
– *NOVO (4 candidatas)*: incluindo Luísa Cardoso Barreto (Belo Horizonte-MG) e Ana Carolina Sponza (Rio de Janeiro-RJ).

Outros partidos com candidatas são o PL (2 candidatas), MDB (2 candidatas), PSD (1 candidata), PSDB (1 candidata), PSB (1 candidata) e Republicanos (1 candidata).

*Novas regras e desafios*
As novas regras do TSE exigem que os partidos tenham no mínimo 30% de candidatas mulheres e destinem o mesmo percentual do fundo eleitoral para suas campanhas. As candidatas devem também evitar ter votação zerada ou inexpressiva, apresentar prestação de contas idêntica a outras e divulgar suas campanhas de forma independente.

Sanções como cassação de registros, inelegibilidade e anulação de votos podem ser aplicadas em casos de descumprimento. Historicamente, a representatividade feminina nas prefeituras é baixa. Nos últimos dois pleitos, apenas duas mulheres foram eleitas para comandar capitais: Teresa Surita (PMDB) em Boa Vista (RR) em 2016 e Cinthia Ribeiro (PSB) em Palmas (TO) em 2020.

*Perspectivas futuras*
Apesar dos desafios, o destaque de Aracaju pode servir de exemplo para outras capitais. O aumento na participação feminina é crucial para uma representação mais equitativa e justa, refletindo a diversidade da população brasileira.

Por Rafael Almeida – Panorama Sergipe

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