Aracaju, 18 de janeiro de 2025
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Aracaju protesta pela prisão de Bolsonaro e golpistas dia 8 de janeiro

8 de jan 2025

No dia em que se completaram 2 anos da tentativa de golpe contra a democracia brasileira, na manhã da quarta-feira, dia 8 de janeiro, Aracaju encheu as ruas do Centro com a juventude, os movimentos sociais, sindicais, parlamentares, partidos de esquerda e a classe trabalhadora para lutar pela punição aos golpistas e pela prisão de Bolsonaro.

Diretor da Central Única dos Trabalhadores e do SINTESE, o professor Dudu reforçou que o golpe de 8 de janeiro não pode ser esquecido nem minimizado.

“É uma decisão acertada do movimento sindical e dos movimentos sociais de sempre, no dia 8 de janeiro, registrar a data da tentativa de golpe. Reagir contra o golpe é uma forma de fazer política. Precisamos lembrar a população. Nós sabemos o que foi o golpe de 1964. E não aceitaremos um novo golpe. Coincidentemente Fernanda Torres ganhou o prêmio do Globo de Ouro de melhor atriz pelo filme Ainda Estou Aqui, que trata do assassinato do deputado federal Rubens Paiva, uma história que precisa ser contada para gerações do presente e do futuro”, afirmou o professor Dudu.

A vice-presidenta da CUT/Sergipe, Caroline Santos, reforçou que a população brasileira não pode ficar de braços cruzados e achar natural essa tentativa de golpe de estado contra os três Poderes para destruir a democracia do Brasil.

“Tentaram, não conseguiram, mas eles ainda estão aí. Por isso é sem perdão, sem anistia. Prisão para todos os golpistas pelos direitos da classe trabalhadora, contra a violência e extermínio à comunidade LGBTQIA+ e contra o genocídio da nossa juventude pela polícia”, ressaltou Caroline Santos.

Gabriela Anhangá da Juventude da Articulação de Esquerda do PT levou para o protesto a bandeira dos povos indígenas da América Latina. Anhangá recordou, durante o protesto, do extermínio dos povos indígenas no período da Ditadura Militar no Brasil.

“É preciso acabar com a política do retrocesso que ainda hoje quer destruir os nossos direitos e acabar com os povos originários. A nossa luta é por demarcação já. A nossa luta é para que a gente continue a existir. Não existe planeta sem povos originários. É a gente que cuida da natureza e de tudo que é essencial para a vida”, discursou Gabriela.

Em nota, as centrais sindicais afirmaram que Defender a democracia é uma causa de todo o povo brasileiro. Acesse o link para ler.

Em Aracaju, o ato do dia 8 de janeiro em defesa da democracia também levou às ruas de Aracaju a luta:

*Pelo Fim da Escala 6×1! Redução da jornada de trabalho sem redução de salários;

*Contra a violência e o extermínio das mulheres, do povo preto e da comunidade LGBT;

*Não à privatização da água, DESO para o povo e pela devolução do confisco dos servidores estaduais aposentados;

*Em solidariedade ao magistério sergipano, ao SINTESE e ao professor Roberto Silva, vítima de perseguição pelo exercício da atividade sindical;

*Para que o corte de gastos seja feito no andar de cima: pela taxação dos super ricos e pela redução da taxa de juros, incentivando a produtividade e a geração de empregos;

* Em defesa do Salário Mínimo, do BPC/LOAS, do Abono Salarial e por mais direitos. Contra o PL 4614.

Na mesma data, em Brasília, aconteceu o ato Abraço à Democracia na Praça dos Três Poderes, no qual o presidente Lula assinou o decreto criando o prêmio Eunice Paiva em defesa à democracia. Eunice Paiva foi a viúva do ex-deputado federal Rubens Paiva, assassinado pela ditadura militar, que se tornou personagem do filme Ainda Estou Aqui, baseado no livro homônimo do seu filho, o escritor Marcelo Rubens Paiva. Acesse o site da CUT Brasil e saiba mais sobre o ato em Brasília.

Além disso, protestos pela prisão de Bolsonaro e todos os golpistas foram realizados pelo movimento sindical e movimentos sociais em várias cidades brasileiras na data de 8 de janeiro.

Por Iracema Corso – foto assessoria

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