Nesta terça-feira, 31, a Justiça do Rio de Janeiro condenou os réus confessos Ronnie Lessa e Élcio Queiroz pelo assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, aplicando longas penas de prisão por conta do crime que chocou o Brasil e o mundo.
A jornalista Candisse Carvalho disse que a decisão é uma vitória significativa, ainda que tardia, na busca por justiça para as vítimas desse crime brutal. Lessa, autor dos disparos, foi condenado a 78 anos e 9 meses, enquanto Élcio, que dirigia o veículo do crime, recebeu uma sentença de 59 anos e 8 meses de reclusão.
“Mesmo tardia, a justiça finalmente começa a ser feita. Esta luta, que durou intermináveis seis anos, não é apenas por Marielle, mas por milhares de jovens negros e negras que perdem suas vidas diariamente devido ao racismo institucional e os discursos de ódio e violência política propagados pela extrema-direita. Marielle Franco foi uma guerreira, que sempre lutou com muita honra e coragem pelo que acreditava de forma invejável. Casos como o de Marielle não são ‘isolados’; infelizmente, as balas têm endereço e têm cor”, declarou Candisse.
Durante sua jornada eleitoral em 2024, Candisse se reuniu com a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, irmã de Marielle, para discutir políticas de proteção à juventude negra e às mulheres das periferias, defendendo o fortalecimento de protocolos antirracistas nas forças policiais. Para ela, honrar o legado de Marielle é “reafirmar o compromisso com uma sociedade mais justa, que valorize a vida e a dignidade das pessoas marginalizadas”.
“Toda minha solidariedade à ministra Anielle Franco e sua família, que transformou o luto em luta e firmaram a memória e o legado de Marielle. Agora, vamos esperar os desdobramentos do caso, e que os mandantes dessa tragédia sejam igualmente punidos.” concluiu.
Fonte: Assessoria de Comunicação
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