Aracaju, 31 de janeiro de 2025
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1º Pleno do TCE após morte de Pinna é marcado por homenagens

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A cadeira vazia, preenchida apenas com a toga que um dia pertenceu ao conselheiro Carlos Pinna de Assis, ditou o simbolismo e a importância da sessão do Pleno realizada nesta quinta-feira, 13. Na ocasião, o julgamento dos processos cedeu espaço às homenagens concedidas ao decano do Tribunal de Contas do Estado de Sergipe.

Participaram da sessão o presidente do TCE, conselheiro Flávio Conceição, os conselheiros Ulices Andrade, Luiz Augusto Ribeiro, Susana Azevedo, Luis Alberto Meneses, o conselheiro substituto Francisco Evanildo de Carvalho e o procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC/SE) João Augusto Bandeira de Mello. Também presentes no plenário o conselheiro substituto Rafael Fonsêca e amigos de longa data de Carlos Pinna, como o ex-deputado estadual Eliziário Sobral, e servidores da Casa.

Após dedicar um minuto de silêncio em respeito ao homenageado, o presidente Flávio Conceição abriu a sessão enumerando as conquistas e virtudes de Carlos Pinna. Detalhou suas ações como presidente da Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon) e da Associação das Entidades Oficiais de Controle Público do Mercosul (Asul), sua trajetória como conselheiro do TCE por 36 anos, além de aspectos da sua vida pessoal.

“Estamos todos consternados, com nossos corações entristecidos, mas a grandeza do conselheiro Carlos Pinna nos impõe a tarefa de homenageá-lo da maneira mais justa possível. Sempre foi uma pessoa apaixonada pela vida, pela literatura, pela arte, assim como um esposo, pai e avô apaixonado pelos familiares. Certamente, deixará uma lacuna entre os seus que jamais será preenchida”, disse o presidente.

Destacaram sua excelência técnica e generosidade ao partilhar conhecimento com os mais jovens. “Ele foi meu professor na universidade, dedicou a vida ao Direito, educação, arte e cultura. Sua história confunde-se com a história do TCE, fica do nosso amigo a lembrança do seu legado”, declarou a conselheira.

“Ele não foi propriamente meu professor na universidade, como aconteceu com a conselheira Susana e outros aqui. Não tive essa oportunidade e essa sorte, mas foi um dos maiores professores que tive no Tribunal de Contas. De agora em diante, tenho a honra de me colocar como um aluno de Carlos Pinna de Assis”, afirmou Ulices.

O conselheiro Luiz Augusto Ribeiro registrou que os laços cultivados por Pinna com todos que fazem parte do TCE iam além do trabalho, eram laços de amizade. “O conselheiro sentava-se ao meu lado nas sessões, era um servidor dedicado às suas atividades. Mas falar de Carlos Pinna é também falar da sua maneira de ser e agir, da sua fidalguia e gentileza com todos”.

Conhecido por muitos pelo seu destaque como homem público e pelos esforços na divulgação do estado de Sergipe em todos os lugares pelos quais passou, esse aspecto também foi enfatizado por Luís Alberto Meneses e Francisco Evanildo. “Pinna era um verdadeiro diplomata, um embaixador do Tribunal de Contas de Sergipe. Em todas as atividades que exerceu no Controle Externo sempre fez questão de divulgar o nosso estado e sua grandeza cultural e histórica”, pontuou Meneses. “Sempre admirei o seu trabalho. É um grande exemplo para todos nós”, completou Evanildo.

Antes dessa sessão especial do Pleno, uma homenagem também foi realizada na Segunda Câmara do TCE, da qual o conselheiro Pinna fazia parte. A conselheira Angélica Guimarães, que não pode comparecer ao Pleno por motivos de saúde, prestou seu tributo ao conselheiro nessa quarta-feira, 13. “Pinna marcou época, conquistando respeito e admiração de todas as Cortes de Contas do país. Sempre foi e sempre será nossa grande referência e nos deixa um legado de honradez e trabalho pela sociedade. Sua passagem pelo plano terreno foi brilhante”.

Deste modo, como enfatizou o procurador-geral Bandeira de Mello, a multiplicidade de olhares sobre aspectos da vida pessoal e profissional de Carlos Pinna converge em discursos que o destacam como “diplomata, embaixador, professor, amigo, um farol que nos iluminava em diversas questões. O tom é esse, de lembranças da sua grandiosidade e generosidade, da sua capacidade de se adaptar aos novos tempos, sem esquecer as contribuições do passado”, concluiu Bandeira.​

Foto: Igor Graccho

Texto: Yasmin Barreto

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