Meus amigos, venho sendo bastante incisivo acerca de algumas situações envolvendo a administração da Polícia Militar. É do meu feitio cobrar das autoridades competentes a resolução de problemas que prejudicam o policial militar e bombeiros, mas, também, fazendo justiça, elogiar posturas saudáveis e que melhorem o bem-estar da tropa.
Há alguns dias recebi comunicação de um policial militar que – ao assistir uma reportagem sobre suicídio de policiais militares – me relatou que estava desejando tirar a própria vida. De imediato, passei essa situação para o comandante geral da Polícia Militar, coronel Marcony Cabral, que ordenou que a equipe do antigo NAPSS comparecesse à AMESE para que possamos dar a assistência psicossocial que esse militar merece.
Registro aqui os parabéns à postura do coronel Marcony e faço votos de que o NAPSS seja reaberto o mais rápido possível.
No dia de hoje, ao ler o Jornal da Cidade, verifiquei que a Fazenda Esperança está passando por relativa dificuldade no sentido de angariar recursos para manter o excelente trabalho social que realiza. Para quem não conhece, a fazenda Esperança (situada em Lagarto) realiza o acompanhamento e tratamento de dependentes químicos há mais de 30 anos e se mantém com a ajuda da família dos internos e a venda de agendas.
Desconhecemos o fato de autoridades políticas desse estado, ou até mesmo o governo e prefeituras, oferecerem algum tipo de alento a este importante projeto. Talvez pela postura séria do administrador da Fazenda, o bispo Dom Mário Rino Sivieri, de não fazer politicagem em cima de pessoas com graves problemas de ordem psico-patológicas.
Já para os projetos politiqueiros-eleitoreiros de caráter ostensivo, os políticos e o governo do Estado parecem não ver problema nenhum em oferecer ajuda. O governo do Estado deveria oferecer ajuda à Fazenda Esperança, da mesma forma os deputados estaduais componentes da Assembleia Legislativa.
Tomamos conhecimento, inclusive, que motivados pelo desespero da família, parentes de drogadictos imploram por uma dessas vagas de caráter politiqueiro-eleitoreiro e são “eternamente gratos” ao político, mesmo que o tratamento não dê certo.
É importante que a população saiba separar os projetos sérios dos projetos que visam apenas alavancar alguns nomes ao cenário político estadual e cobre das autoridades competentes a ajuda às instituições que mantêm um trabalho sério.
Estaremos cobrando e fazendo nossa parte.
Por Jorge Vieira da Cruz
Sargento da reserva, mais um veterano