Nesta terça-feira (26), foi realizado o primeiro dia de julgamento dos três ex-policiais rodoviários federais, Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kleber Nascimento Freitas e William de Barros Noia, acusados do homicídio de Genivaldo de Jesus, ocorrido em maio de 2022, durante uma abordagem policial no município de Umbaúba, e ouviu duas das nove testemunhas.
Durante o período da manhã de ontem, os advogados de defesas dos ex-agentes apresentaram pedidos sobre a readequação na quantidade de testemunhas apresentadas pelo Ministério Público e a disposição dos jurados que estariam em local não favorável para o trabalho da defesa.
Durante a tarde e a noite, foram ouvidas duas testemunhas arroladas pelo Ministério Público Federal (MPF) e pela assistência da acusação. Um dos depoimentos durou mais de 5 horas. Também foram apresentadas provas que estão juntadas aos autos.
A defesa de Paulo Rodolpho alega que ele é inocente e afirmou que ex-policial seguiu os protocolos da PRF. Já o advogado de Kleber Nascimento alega que a tipificação dos crimes é equivocada e que ele não teve participação em nenhuma. A defesa de William de Barros informou que buscará um processo justo.
A sessão será retomada nesta quarta-feira (27), às 8h, com novos depoimentos. Pelo menos dez testemunhas devem ser ouvidas neste segundo dia de julgamento, todas indicadas pelo Ministério Público Federal e pela acusação.
A previsão é que o júri dure seis dias.
O julgamento é presidido pelo juiz federal Rafael Soares Souza, da 7ª Vara Federal em Sergipe, e acontece no Fórum Ministro Heitor de Souza em Estância, a 70 km da capital sergipana.
Relembre o caso – Genilvado morreu após ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogêneo na BR-101, em Umbaúba. Os réus são acusados pelos crimes de tortura e homicídio triplamente qualificado. Eles estão presos desde 14 de outubro de 2022, e foram demitidos da PRF após determinação do Ministro da Justiça, em agosto de 2023.
Com informações do TRF5 – Foto: Juliana Galvão/TRF5