A última semana da 23ª edição das Olimpíadas Especiais das Apaes – edição nacional foi inegavelmente uma aula de amor, dedicação e companheirismo para todos aqueles que tiveram a oportunidade de vivenciar isso de perto. O evento usa a palavra “Olimpíada”, mas o objetivo primordial é educacional, fomentando a inclusão social através do esporte. Foi assim que o coordenador nacional de Educação Física, Esporte e Lazer da Apae Brasil, Roberto Soares, classificou o torneio.
Realizada pela primeira vez no ano de 1973, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), a edição de Sergipe foi a primeira com um número recorde de 24 delegações e de mais de 1,6 mil pessoas inscritas. Sem dúvidas um marco para o movimento apaeano do estado e país.
“Nós nos dedicamos muito para que esta edição ficasse marcada na memória de todos. A responsabilidade foi grande devido ao número de delegações que recebemos para essa edição. Por isso, o envolvimento de coordenadores e voluntários de cada uma das unidades de apae de Sergipe foi fundamental para que a gente conquistasse o objetivo. Tenho plena certeza que cada um de nós sai daqui uma pessoa melhor e mais dedicada ao movimento.” destaca a presidente da federação das Apaes de Sergipe (Feapaes-SE), Mônica Souza.
As Olimpíadas oferecem uma chance de destacar as capacidades e habilidades das pessoas com deficiência. Embora existam restrições, elas não são limitadas e essa realidade é comprovada durante a competição.
Além de servir de plataforma para as competições, o torneio também objetiva incentivar o intercâmbio entre atletas, coordenadores e dirigentes, a fim de proporcionar a eles a oportunidade de conhecer diferentes culturas, saborear outra culinária, desfrutar dos principais destinos turísticos e analisar a acessibilidade desses locais.
Roberto enfatizou que testemunhou uma sensação inexplicável, pois alguns assistidos disseram a ele que não queriam ir embora. “Eles gostaram tanto de Sergipe que não queriam voltar para os seus estados. Isso mostra a importância desse trabalho realizado pela Apae Brasil em conjunto com as unidades de Apae espalhadas por todo o país.”
A edição das Olimpíadas de 2022 chegou ao fim com um total de mais de 2 mil medalhas esportivas concedidas aos atletas, mais de 1.600 medalhas por participação, e cada delegação levou para casa 1 troféu.
A delegação de Sergipe conseguiu um lugar especial entre os vencedores, pois este foi o primeiro ano em que o estado teve a oportunidade de sediar a competição, e participar de uma edição nacional. Para a Presidente da Feapaes-SE, Mônica Souza, foi um excelente resultado, com 7 medalhas de ouro, 3 de prata e 2 de bronze. Um detalhe que vale ser ressaltado, é que uma das medalhas de prata foi conquistada em uma modalidade que só existe nas Olimpíadas das Apaes, que são os 50 metros especiais categoria feminino, e a assistida de Lagarto em sua primeira participação levou o segundo lugar.
“É claro que os atletas querem mais, querem vencer, mas o foco principal deve ser a superação, vencer as limitações, e isso todos eles fizeram com excelência. E destaco ainda que diferentemente de nós, eles competem sem rivalidade, comemoram e choram juntos na vitória ou derrota.”
A presidente fez questão de destacar a importância das parcerias para a realização do evento, “afinal sem os parceiros não estaríamos comemorando agora. Tudo saiu dentro do planejamento, e o melhor é que além de promover a inclusão, ajudamos a movimentar o turismo e a economia do nosso estado. É importante destacar que as delegações ocuparam 15 hotéis da capital. As refeições, os serviços, todos foram realizados por empresas sergipanas. E claro que não posso deixar de agradecer a imprensa pela cobertura durante todo o evento. Só faço uma ressalva… que a sociedade sergipana não fique alheia ao movimento. Se somem a nós!
Foto assessoria
Por Marcelo Carvalho