Por Hugo Julião*
A “No List” de 2025, divulgada pelo guia de viagens Fodor’s, destacou 15 destinos que estão enfrentando desafios significativos devido ao turismo excessivo. O objetivo não é proibir visitas, mas conscientizar sobre os impactos negativos e incentivar práticas sustentáveis.
- Bali, Indonésia
Conhecida por suas praias paradisíacas, Bali tem sofrido com a superlotação e problemas ambientais. O crescimento descontrolado do turismo resultou em lixo excessivo, degradação ambiental e uma crise hídrica que afeta tanto os moradores quanto os ecossistemas locais.
- Barcelona, Maiorca e Ilhas Canárias, Espanha
A explosão turística nessas regiões espanholas gerou protestos de moradores, que reclamam do aumento do custo de vida, da falta de moradias acessíveis e da descaracterização da cultura local. Em Barcelona, por exemplo, houve manifestações contra turistas em pontos populares.
- Veneza, Itália
Veneza implementou uma taxa para conter a quantidade de turistas que visitam a cidade diariamente. A infraestrutura sobrecarregada e os danos ambientais são algumas das razões para evitar a cidade, que também sofre com inundações frequentes.
- Lisboa, Portugal
O boom do turismo em Lisboa resultou em uma alta absurda no preço dos imóveis, forçando muitos moradores a deixarem a cidade. A capital portuguesa também tem enfrentado dificuldades para manter sua identidade cultural diante da crescente massificação turística.
- Koh Samui, Tailândia
A ilha tailandesa enfrenta problemas ambientais graves devido ao turismo excessivo, incluindo poluição marinha e desmatamento. A infraestrutura local também está sobrecarregada, prejudicando moradores e ecossistemas naturais.
- Monte Everest, Nepal
O turismo extremo no Everest levou ao acúmulo de lixo e ao aumento de riscos para alpinistas. A região, que já enfrenta desafios climáticos e logísticos, tem visto o número de visitantes crescer exponencialmente, tornando as trilhas perigosas e degradadas.
- Agrigento, Itália
Agrigento, na Sicília, foi nomeada a Capital Italiana da Cultura em 2025, atraindo ainda mais turistas para uma região que já sofre com crises hídricas e degradação do patrimônio histórico.
- Ilhas Virgens Britânicas
As ilhas enfrentam um turismo predatório, onde grande parte dos lucros vão para empresas estrangeiras, deixando poucos benefícios econômicos para os moradores locais. O impacto ambiental também é uma preocupação crescente.
- Kerala, Índia
O rápido crescimento do turismo em Kerala tem causado deslizamentos de terra e alagamentos devido à construção desordenada. As chuvas cada vez mais intensas agravam a situação, tornando a região vulnerável a desastres naturais.
- Kyoto e Tóquio, Japão
Em Kyoto, a superlotação turística em templos e bairros tradicionais tem irritado os moradores. Já em Tóquio, o fluxo constante de turistas impacta a vida cotidiana e sobrecarrega o transporte público.
- Oaxaca, México
A cidade mexicana é famosa por suas festividades culturais, mas o turismo em massa tem causado gentrificação, tornando moradias inacessíveis para os residentes e alterando sua dinâmica social.
- North Coast 500, Escócia
A rota cênica na Escócia viu um aumento expressivo de turistas, o que levou a danos ambientais e congestionamentos em vilarejos pequenos que não possuem infraestrutura adequada para atender a essa demanda.
- Galápagos, Equador
A preservação do ecossistema é um grande desafio para o arquipélago de Galápagos. O turismo tem impactado a fauna e a flora locais, levando as autoridades a adotarem medidas mais restritivas.
- Yellowstone, EUA
A popularidade crescente do parque nacional americano levou à superlotação e a um aumento na interação inadequada dos turistas com a vida selvagem, resultando em riscos tanto para os animais quanto para os visitantes.
- Dubrovnik, Croácia
Conhecida como o “destino de Game of Thrones”, a cidade de Dubrovnik tem sofrido com um turismo invasivo que tem prejudicado sua conservação histórica e a qualidade de vida dos moradores.
Fica a dica
O turismo é uma importante fonte de renda para muitas regiões, mas quando ocorre de forma descontrolada, pode causar sérios impactos ambientais, sociais e culturais. Repensar nossos destinos e viajar de forma mais consciente pode ajudar a preservar esses lugares para as futuras gerações.
*Hugo Julião é jornalista, radialista, publicitário, diretor do portal Aracaju Magazine e diretor de Captação de Eventos da Setur-SE
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