Desde novembro tentando negociar com o presidente do TJSE, o desembargador Cezário Siqueira Neto, porém sem sucesso, as trabalhadoras e trabalhadores do TJSE decidiram paralisar as atividades na próxima quarta, 30 de janeiro.
A concentração do ato e o início das atividades acontecem no Fórum Gumersindo Bessa, no Centro Administrativo de Aracaju, das 7 às 10 horas. Em seguida, os servidores se dirigem à Praça Fausto Cardoso, em frente ao Palácio da Justiça, no Centro da cidade.
Na última quarta, 23 de janeiro, foi entregue ao presidente do TJSE o 8º ofício com a solicitação de tratar da pauta de reivindicações, aprovada em assembleia da categoria. Na ocasião, o presidente afirmou apenas que iria “examinar”.
Para a direção do Sindijus, a resposta curta e pouco amistosa é semelhante à postura de momentos anteriores, desprezando os trabalhadores e deixando evidente a diferença de tratamento entre os de cima e os de baixo. “Os servidores estão com reajuste de pouco mais de 100 reais, enquanto os juízes tiveram um aumento de 16%, incrementando seus supersalários em quase R$ 5 mil”, esclarece o dirigente sindical Alexandre Rollemberg.
Os pleitos dos servidores dentro do TJSE vêm sendo ignorados desde novembro de 2018, contra os quais a gestão passou não somente a convocar a polícia, mas a fechar as portas do Palácio. Situações que foram denunciadas ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Último pleno de Cezário
O dia da paralisação também é o dia da última sessão do Pleno presidida pelo desembargador Cezário Siqueira Neto, tendo em vista que, a partir de fevereiro, será empossado novo presidente no TJSE.
Dessa forma, além de fazer o ato da campanha salarial “Que Justiça é essa que só atende aos de cima?”, reivindicando as pautas da categoria, os trabalhadores do TJSE irão fazer um ato de despida àquela que consideram “a pior gestão do tribunal dos últimos tempos”.
Por Aline Braga