Na última sexta-feira, 22, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (Orsse) apresentou mais uma edição da Série Cajueiros 2024, no Teatro Tobias Barreto. O concerto especial, intitulado ‘Brasil e suas Origens’, celebrou o Dia do Músico com um repertório que uniu obras brasileiras e portuguesas. A apresentação contou com a participação da cravista Rosana Lanzelotte, do Rio de Janeiro, e foi realizada em parceria com o Instituto Música Brasilis. A Orsse é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Fundação de Cultura e Arte Aperipê (Funcap).
Criada em 2007, a Série Cajueiros é reconhecida pelo repertório diversificado, que inclui sinfonias de diferentes períodos históricos, obras pouco conhecidas ou inéditas e a participação de renomados musicistas de todo o mundo. Sob a regência do maestro Guilherme Mannis, o concerto apresentou a valsa ‘Glorinha Newton’, do compositor sergipano Francisco Avelino da Cruz, um concerto barroco de João de Souza Carvalho, interpretado por Rosana Lanzelotte, e a ‘Sinfonia em Sol menor’, de Alberto Nepomuceno.
“Rosana já é uma amiga muito querida, uma pessoa que há muitos anos vem a Aracaju e toca conosco. Mais uma vez, fez uma belíssima performance de um concerto português. Ela também tem dado grande relevância aos nossos compositores por meio do portal Música Brasilis. É um trabalho muito importante que fortalece a divulgação das composições sergipanas históricas”, declarou o maestro Guilherme Mannis.
A cravista Rosana Lanzelotte, que iniciou seus estudos musicais em Aracaju dos 7 aos 10 anos, falou sobre o retorno à cidade. “Estou muito feliz com esse convite, porque tenho um laço de afeto com Aracaju. Estudei na Escola Municipal Jackson de Figueiredo, então tudo isso faz com que eu me sinta sempre em casa. Quero destacar também a importância desse trabalho que o maestro está realizando, resgatando a música brasileira nesse programa. É essencial apresentar ao público obras de grandes compositores brasileiros”, afirmou.
A apresentação foi celebrada com aplausos de pé pelo público. O turista José Eduardo, recifense de passagem por Aracaju, expressou sua admiração à Orsse. “Esse é o segundo concerto que tenho o prazer de prestigiar. Encontros como esse mostram a relevância da música clássica no cenário cultural. Eu aprecio muito o trabalho do grupo e torço para que nunca percam esse brilho, essa energia. A música é uma das coisas mais bonitas que existem no mundo; ela tem o poder da cura, e hoje eu saio daqui renovado”, concluiu.
O próximo concerto da Orsse será a continuidade da série ‘Sons da Catedral’, no dia 5 de dezembro, às 19h, na Igreja São José.
Foto: Marco Ferro