Sergipe mostra sua força cultural no XII Festival Nacional Nossa Arte 2024, maior evento artístico do Brasil voltado para pessoas com deficiência intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA).
O festival acontece de 10 a 12 de dezembro no Expo Mag, no Rio de Janeiro, com entrada gratuita para o público.
Na mostra de artes visuais, sob orientação do professor João Victor Santana, a Apae Aracaju apresenta obras que celebram a cultura sergipana. Entre os destaques, está a pintura “Cultura e Folclore de Sergipe” de David Santos Souza Soares, que retrata em tela elementos tradicionais como reisado, taieira e chegança, tendo ao fundo a silhueta da igreja matriz da capital.
A criatividade sergipana também se manifesta na escultura “Caju-SE”, de Fábio do Nascimento Conceição, uma homenagem ao estado construída artesanalmente com palitos de picolé, destacando as cidades que possuem unidades das Apaes. Já Douglas Santos de Barros apresenta o desenho “Meu País tem Forró”, obra que celebra a tradição musical sergipana, retratando um casal dançando em festa junina.
“Estas obras representam não apenas o talento extraordinário dos nossos artistas, mas também a riqueza cultural de Sergipe”, destaca Mônica Souza, presidente da Federação das Apaes de Sergipe. “Cada trabalho conta uma história de superação e expressa nossa identidade cultural de forma única”, complementa.
Nesta edição histórica, que marca os 70 anos da Apae Rio, a delegação sergipana também se destaca nas apresentações culturais. Enquanto a Apae Aracaju encanta o público com dança popular brasileira e teatro, a Apae Itabaiana apresenta um espetáculo vibrante de percussão.
O festival expande suas fronteiras para além do Expo Mag. Na terça (10) e quinta-feira (12), às 14h, o público poderá prestigiar recitais de poesia e apresentações de dança na Praia de Copacabana, no quiosque da Tim, em frente ao Copacabana Palace. A exposição de artes plásticas permanece em cartaz no terceiro andar do Expo Mag durante todo o evento.
“Ver nossos artistas apresentando seus trabalhos neste festival nacional é a realização de um sonho coletivo. Cada performance, cada obra de arte é um testemunho vivo de que o talento não conhece limitações”, ressalta Mônica Souza.
A abertura oficial do evento, realizada na segunda-feira (9), reuniu mais de 2 mil pessoas, consolidando o Festival Nacional Nossa Arte como um dos mais importantes eventos de inclusão através da arte no país.
Texto e foto Marcelo Carvalho