Aracaju, 20 de outubro de 2024
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Vini Jr garante mais dancinhas da Seleção na Copa: “Que a gente siga fazendo muitos bailes”

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Titular e destaque da seleção brasileira no Catar, Vinícius Júnior atua com alegria nos pés. Não só quando joga, mas também quando comemora os gols do Brasil na Copa do Mundo. Um dos personagens principais nas dancinhas dos jogadores, o atacante ignorou as críticas e garantiu que ele e os companheiros seguirão bailando em Doha.

– O gol é o momento mais importante do futebol, onde não só nós ficamos muito felizes, como agora na Copa um país inteiro fica. Temos muitas comemorações para fazer ainda. Que a gente siga fazendo muitos bailes e jogando bem para chegar até a final nesse ritmo.

– A galera gosta de reclamar quando vê o outro feliz, e o brasileiro é sempre muito feliz, então vamos sempre afetar bastante. Que a gente possa seguir com a nossa alegria, porque tem muito mais gente por nós do que contra nós.

Em sua primeira Copa do Mundo, atacante conta com o apoio de Neymar para desempenhar bem seu papel no Catar. O camisa 10 tem sido peça importante na liderança dos jovens dentro e fora de campo. Vini Jr revelou uma conversa com o craque antes da disputa do Mundial.

– Ele me falou que a Copa do Mundo é diferente de qualquer outra competição. Agora estou vivendo, sei quanto a Copa é importante para o nosso país, para todos. Ele me falou isso e sempre levei comigo, não sabia o tamanho, mas quando tocou o hino vi a diferença que é jogar uma Copa pelo seu país. Ainda mais pelo Brasil, o país que tem mais títulos, que todos querem vencer. Eu fico feliz de estar aqui representando cada brasileiro, estar jogando com meu ídolo, com amigos que tenho aqui, e que essa união que temos possa nos levar para um lugar muito alto.

Aos 22 anos, Vini já viveu muitas glórias na carreira. Campeão sete vezes com o Real Madrid, incluindo os cobiçados títulos da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes, o atacante mira a maior conquista de um jogador de futebol. Ele quer riscar mais uma meta da lista conquistando o hexacampeonato da Copa do Mundo para o Brasil.

– Fico muito feliz de ter alcançado as metas que coloquei na minha vida e com apenas 22 anos. Quero seguir todo o trabalho que venho fazendo até aqui para chegar neste momento, tenho os melhores jogadores ao meu lado, na Seleção e no Real. Se Deus quiser, até dia 18 colocamos mais um na lista, e depois tentar ganhar tudo outra vez.

Vini foi a estrela da vitória por 4 a 1 sobre a Coreia do Sul, que garantiu a classificação às quartas de final. Com cinco participações diretas nos sete gols do Brasil na Copa, o atacante faz jus à titularidade e contou como foi o processo para assumir vaga no time de Tite.

– Eu acredito que foi um processo normal. A comissão e o professor foram me dando argumentos de onde eu precisava melhorar para chegar no meu melhor nível e ser titular da Seleção. É complicado, tem muitos jogadores, o professor tem muitas opções. Cada vez que eu vinha para a Seleção eu voltava com algo que faltava para ser titular da posição – disse Vini.

– Sempre conversava com o Tite pelo telefone, com o Ancelotti, que me dava muitas dicas também para ser titular na Seleção. Eu me preparei melhor e tive a cabeça tranquila que, no momento certo, eu estaria preparado para a ajudar a Seleção. Eu fico muito feliz de ter começado bem a competição, mas não quero parar por aqui, quero seguir assim até a final – completou.

O Brasil volta a campo nesta sexta-feira, quando enfrenta a Croácia, no estádio Cidade da Educação, às 12h (de Brasília), pelas quartas de final da Copa do Mundo.

Outras declarações de Vini Jr:

 

Apoio de amigos e familiares

– Fico muito feliz com todos que me ajudaram, que ficam orgulhoso por onde estou. A cada dia mais tento trabalhar bastante para dar mais orgulho para eles. Todas as pessoas que me ajudaram estão aqui torcendo por mim e pelo hexa do Brasil.

Importância da goleada sobre a Coreia do Sul

– Contra a Coreia tivemos mais espaço, normal que a gente consiga finalizar com mais tranquilidade, e nos outros jogos os adversários estavam um pouco mais compactos. Os chutes vão sair um pouco prensados. Mas sempre tivemos a tranquilidade que a nossa defesa é muito forte, então quando fizermos só um gol, a maioria dos jogos vamos vencer.

Brasil é favorito contra a Croácia?

– A gente debate que nessa Copa não tem favorito. A Croácia na última Copa chegou na final. Não tem mais jogo fácil. Jogar contra a Croácia, que tem o Modric, bola de ouro há pouco tempo, é cada vez mais complicado. Nós temos a consciência tranquila que temos que entrar lá e mudar o que se passou nos últimos anos, ganhando as quartas de final, chegar na semi e ir um passo de cada vez.

Esperam o que da Croácia?

– Acredito que o jogo contra a Coreia teve a mesma intensidade dos outros jogos, mas os gols saíram mais rápido, então parece diferente. A gente sempre entra com a mesma intensidade. A Copa do Mundo são só sete jogos, temos que estar na nossa melhor versão para fazer o melhor pelo país. Sobre a Croácia, não sei como vão vir. Se saírem para o jogo será muito melhor, fica melhor para todos, até para quem quer assistir. Mas cada um tem uma estratégia e temos que respeitar. Se a deles é ficar atrás e tentar empatar, tem sua responsabilidade também. Cada estratégia tem seu lado bom, tem que se adaptar ao seu melhor futebol.

Está faltando alguma coisa no jogo da Seleção?

– Acredito que temos que melhorar a cada jogo. Agora é um adversário completamente diferente da Coreia, vão vir com um bloco baixo para tentar tirar a nossa arma, que é a qualidade que temos no ataque. Cada jogo tentamos melhorar bastante. O professor dá tudo muito fácil no que a gente tem que fazer durante os jogos. Eu falo por mim, tenho 22 anos, tenho que evoluir e tento evoluir a cada jogo e treinamento. Nessa Copa tenho aprendido que é importante estar concentrado nos jogos do início até o fim.

Relação com Modric

– Sempre é muito difícil jogar contra jogadores de grandes qualidades. E o Modric sempre me ensinou bastante, continua me ensinando no dia a dia, faz de tudo para eu seguir evoluindo. Eu pego ele como espelho, um cara de 37 anos jogando no nível dele, algo raro, mas que jogadores como ele, Cristiano, Thiago Silva, que têm uma idade que já não era normal, mas está virando a normalidade. A gente fica feliz por isso, eu fico feliz de jogar contra ele, e que vença o melhor.

Croácia preocupa além do Modric?

– Todo o conjunto, a Croácia tem a base da última Copa, quando chegou na final contra a França, então temos que estar preparados não com o Modric, mas com todo o elenco. Jogam em grandes clubes e vão dar o seu melhor para tentar nos vencer.

Evolução pessoal na parte defensiva

– Sempre procuro evoluir, não só aqui, como no clube onde tenho mais tempo. O Ancelotti me ajuda bastante. Junto com o Tite, e eles são muito parecidos, se falam bastante, tenho aprendido muito na seleção também. Sempre que eu tenho algo para melhorar, eu foco 100% em melhorar o mais rápido possível. No futebol, ainda mais no de alto nível, não tem tempo para se lamentar, tem que evoluir, aprender. A cada jogo que passa tento ser mais agressivo na marcação, dar mais assistências, marcar mais gols e ter mais importância na equipe. Poder ajudar a equipe é o que eu mais prezo.

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