A deputada federal e candidata à Prefeitura de São Paulo, Tabata Amaral (PSB), tornou-se vítima de um crime virtual envolvendo a divulgação de imagens falsas, conhecidas como ‘fakenudes’.
As imagens, produzidas com o uso de inteligência artificial, foram vendidas em sites adultos por R$ 50, e trazem a candidata em uma montagem distorcida. Na foto original, Tabata aparece vestindo uma camisa do Flamengo, clube do qual é torcedora. Contudo, na versão editada, a deputada aparece sem a camiseta, em uma imagem fabricada para simular um nude.
Tabata Amaral não foi a única política afetada por esse tipo de ataque. Marina Helena (Novo), também candidata, teve imagens falsas suas compartilhadas na internet. Em resposta ao ocorrido, Tabata tratou a situação com firmeza.
“Não dei um segundo de atenção para essas imagens, encaminhamos para a polícia, já fiz o B.O, criminoso a gente trata desse jeito. Eu não sei quem produziu essas imagens, mas espero que a Justiça possa dizer quem fez as imagens e possa penalizar”, disse a candidata ao jornal O Globo.
Campanha de Tabata Amaral na reta final
Tabata Amaral entra na última semana de campanha com o objetivo de garantir um lugar no segundo turno. Apesar do crescimento nas últimas pesquisas, onde apareceu numericamente à frente do apresentador José Luiz Datena (PSDB), ela enfrenta uma disputa acirrada contra candidatos que somam mais intenções de voto. Como por exemplo o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL).
Para seus aliados, contudo, a estratégia para reverter o cenário envolve intensificar a agenda de rua, com caminhadas e ações em várias regiões da capital paulista. Um membro de sua equipe afirmou:
“A ideia é mobilizar a equipe para intensificar as agendas de rua e alcançar mais pessoas.”
Ataques aos adversários
Nos últimos debates, Tabata Amaral aumentou o tom contra os principais adversários, focando especialmente em Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. Contra Boulos, ela destacou divergências sobre temas polêmicos, como a legalização das drogas, o aborto e o apoio do deputado ao governo de Nicolás Maduro na Venezuela.
“Mostrar as incoerências do Boulos não é nenhuma mudança de estratégia. É evidenciar que existem grandes diferenças entre os dois”, explicou um de seus assessores.
Além disso, em vídeo divulgado na última semana, a deputada ligou a candidatura de Ricardo Nunes à continuidade do bolsonarismo, apontando o vice na chapa de Nunes, Coronel Melo de Araújo, como uma ligação direta ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
OFUXICO
Por Flavia Cirino
Foto: Divulgação