Pesquisa aponta que mais de 183 mil vagas de estágio foram abertas em todo o país, a maior parte no setor de serviços; habilidade com tecnologia é requisito muito exigido
Muitos estudantes certamente já ouviram falar por aí que o segundo semestre seria uma época mais propícia para conquistar uma vaga de estágio. No entanto, a realidade atual do mercado de trabalho mostra que essa ideia se trata de um grande mito. Com a retomada das atividades pós-pandemia e o reaquecimento da economia, muitas empresas têm feito uma renovação constante de seus programas de estágio e de menor aprendiz, independente da época e a depender do surgimento de novas demandas de trabalho.
Por outro lado, o setor público, principal empregador de muitas regiões do país, costuma abrir novas vagas no começo de cada ano – e mesmo assim, quando não há períodos de transição de governo. Em geral, os contratos de estágio no serviço público vão até dezembro, e os editais de provimento de vagas são aprovados ao longo do segundo semestre, para lançamentos entre os meses de janeiro e fevereiro do ano seguinte.
“A gente vê uma linha de atuação muito constante na criação de vagas. Existem comportamentos de meses em que elas sobem e de meses que elas descem. exemplo: dezembro e janeiro são meses ruins para vagas de estágio. Começando o ano, depois de janeiro e fevereiro, as prefeituras e as empresas começam a retomar essas vagas”, explica Janaína Tavares Machado, gerente do Unit Carreiras, núcleo de empregabilidade da Universidade Tiradentes (Unit).
Uma pesquisa realizada pela empresa Córtex e divulgada no último dia 18 pelo site Multi RH levantou um total de 183 mil vagas de estágio abertas em todo o país, com a maior parte delas ofertadas nos estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Paraná e Rio de Janeiro. Desse total, 79.534 estão no setor de serviços, 25.856 no de educação, 22.983 no de varejo e o restante se divide entre as áreas de indústria, construção, finanças, saúde, tecnologia da informação, logística e entretenimento. Entre os cursos que apresentam uma maior concorrência para estágios, estão os de Engenharia, Administração, Tecnologia da Informação, Direito e Comunicação (Jornalismo e Publicidade).
De acordo com Janaína, existe ainda a perspectiva de que mais vagas de estágio sejam abertas, já que a situação econômica e do mercado no país ainda não está totalmente estabilizada. “O empresário, o empreendedor, só contrata quando está muito seguro da economia e do mercado. Nossos números melhoraram muito, consideravelmente, mas ainda não chegaram ao antes da pandemia, porque a própria economia ainda está se reajustando. Ano passado, tivemos uma eleição, e geralmente não há provimento de estágio aprovado em ano de eleição, é muito difícil”, destaca.
A especialista acrescenta que, em nível de Sergipe, o cenário do mercado está igualmente em processo de “volta ao normal”, com a tendência de aumento dos estágios a partir da criação de secretarias estaduais e a realização de projetos implementados pelo governo, o que ajudou a estabilizar o mercado de estágios no Estado.
Mais preparação
E o que cada estudante deve fazer durante a chamada “entressafra de estágios”? A dica principal é aproveitar o momento para aprofundar a qualificação profissional, trabalhando principalmente as habilidades com a tecnologia. De acordo com Janaína, as empresas têm exigido que cada candidato ao estágio tenha facilidade para lidar e disposição para aprender em programas, sistemas e ferramentas, principalmente os utilizados pela própria empresa.
“Hoje, o aluno que quer estagiar, ou está estagiando, e quer ter um diferencial, precisa investir em conhecimento, principalmente na área tecnológica, independente da área. É impressionante como a tecnologia traz uma diferenciação muito grande e a facilidade com o que a gente chama de Internet das Coisas. Toda a parte de pensamento lógico e tecnológico é muito quisto pelo mercado. É ter a facilidade de entender os aplicativos, os programas, os sistemas, o que já existe em cada empresa… Isso é o que chamamos de mindset digital. Se a pessoa tem esse mindset, é impressionante como ela se destaca”, diz a gerente, acrescentando que o mercado também pede pessoas com conhecimento técnico e habilidades sócio-emocionais.
Apoio da Unit
O estudante pode contar com o auxílio do Unit Carreiras, núcleo de empregabilidade que estreita as relações da Universidade com as empresas, além de preparar alunos e egressos para um ingresso bem-sucedido no mercado de trabalho. E esse preparo se dá através de uma série de iniciativas. “Oferecemos todo o apoio que a gente pode dar ao aluno, como currículo, simulação de entrevista, conteúdos de empregabilidade para que ele possa se atualizar sobre como está o mercado de trabalho, para que ele possa se atualizar”, conclui Janaína.
O atendimento do Unit Carreiras aos alunos e egressos é gratuito, sem custos adicionais. Outras informações podem ser obtidas pelo site do Unit Carreiras: www.unit.br/carreiras.
Asscom Unit