Por Thiago Reis
Vamos aqui encampar um novo exercício gratuito de futurologia sobre o cenário que envolve as eleições de 2026. Em Sergipe, como no restante do país, o velho e desgastado discurso entre “Direita x Esquerda” ainda ganha destaque, como se o eleitor fosse escolher entre dois modelos de mundo totalmente diferentes, mas que no fundo têm mais em comum do que os “militantes de sofá” gostariam de admitir.
Para ilustrar essa essa discussão, vamos a alguns fatos históricos: o comunismo jurou que nos igualaria, o nazismo que nos “purificaria”. Slogans diferentes, mas a receita foi a mesma — um autoritarismo brutal. Será que alguma das vítimas desses regimes tem dúvida se o “tapa” foi na orelha Esquerda ou na Direita?
E hoje? Casamento é de Direita, gay é de Esquerda… Mas e casamento gay? De Centro? Ou melhor: e os hippies, que achavam tanto a Direita quanto a Esquerda um bando de caretões? Agora o politicamente correto, que começou como um movimento de liberdade, parece que só quer mesmo controlar tudo, enfiando um moralismo pior que o da Tia Cotinha na ceia de Natal.
Essa dicotomia de narrativas acaba por estabelecer um cenário político dividido entre “pastéis de vento” e “pastéis de carne (fraca)”. Uns sustentam discursos ocos; outros precisam dessa briguinha boba pra sobreviver — e pior, ganham a vida com ela. No meio disso, o que temos é um cabaré ideológico que promete ao povo o paraíso e entrega sempre a mesma ladainha.
Enquanto nos distraímos com essa pantomima de “Direita x Esquerda”, a verdade é que cada lado anda fazendo de tudo: economia aberta, economia fechada, democracia, censura, regime beligerante, regime pacífico… Para o povo, pouca coisa muda. Já para os nossos “representantes”, essa encenação é essencial.
Essa ladainha de “Direita x Esquerda” não passa de um disfarce. Não ilude mais ninguém.