A pandemia deixou evidente a necessidade das empresas se reinventarem e mudarem a forma de olhar para clientes e funcionários
“Tudo vai voltar ao normal”, esta foi a frase mais ouvida durante o isolamento social. Mas o que será o normal a partir de agora? A pandemia antecipou transformações que já estavam em curso, como o trabalho remoto, a educação a distância, a busca por sustentabilidade e a cobrança, por parte da sociedade, por mais empatia, igualdade e melhorias do ponto de vista social.
Para as empresas, mergulhar no mundo digital foi obrigatório – em algumas, o home office passou a ser a única alternativa de manter o funcionamento. Para as pessoas, enxergou-se o momento como uma oportunidade de adquirir conhecimento com a ajuda da internet e se autoconhecer por meio da reflexão.
A pandemia também trouxe para o mercado centenas de novos empreendedores e, com tantos novos players digitais chegando, as empresas tradicionais precisaram incorporar a inovação para manter o crescimento ou até sobreviver no mundo digital. “Transformação digital é uma mudança de mentalidade que as empresas passam com o objetivo de se tornarem mais modernas e acompanharem os avanços tecnológicos que não param de surgir”, explica Claudio Castro, especialista em transformação digital e um dos sócios da Pitang Agile IT – uma das maiores empresas de tecnologia do país.
Mas a transformação digital não diz respeito apenas à criação de novos utensílios, mecanismos, dispositivos e serviços que facilitam nossa vida de alguma maneira. Também é realizar mudanças que visam melhorar a experiência do cliente, seja para aumentar o alcance ou garantir resultados melhores.
Claudio explica, ainda, que é preciso entender o processo todo que leva a essa mudança e trabalhar de forma colaborativa para alcançá-la. “Isso, por si só, torna a transformação digital um desafio muito mais de gestão do que apenas de marketing ou tecnologia”, completa.
Transformação digital também faz parte dos projetos do Ser Educacional, fundado pelo empreendedor Janguiê Diniz, desde 2018. “Implantamos o Ser Digital com o propósito de melhorar a integração dos colaboradores e a experiência de nossos estudantes e o resultado foi muito positivo. Desde mudanças no sistema operacional até a promoção de treinamentos, workshops, palestras e outras iniciativas que fizeram nosso desempenho e qualidade de serviço aumentar”, explica.
Os dois executivos dizem que o momento da sociedade é de rapidez e que não investir em tecnologia é, praticamente, ficar para trás no mercado. “As coisas ficaram mais rápidas, o volume de informações é infinitamente maior que antes e não para de aumentar. Tudo isso faz com que as pessoas estejam mais exigentes do que nunca”, opina Claudio.
A culpa do alto nível de exigência vem da geração Z – os chamados nativos digitais e que representam mais de 40% dos consumidores, de acordo com a Fast Company. “Essa geração cresceu no mundo digital, com acesso fácil à internet e ao mercado on-line, cercada pelos dispositivos digitais. Elas são as que mais cobram essas mudanças”, conclui Janguiê.
E quais seriam os maiores erros quando se pensamos em transformação digital? “Acreditar que ela só deve acontecer para empresas que já nasceram em um contexto digital, como e-commerces e outros negócios ‘nativos digitais’. Ou achar que essa transformação tem que ser iniciada pelo departamento de Tecnologia”, conclui Castro.
E, se você acha o mercado concorrido, saiba que a tendência é que isso aumente cada vez mais. Afinal, se o Brasil está na lista dos que mais empreendem no mundo, inovar é um dos principais diferenciais para qualquer empresa.
Fonte e foto assessoria