A Central Estadual de Transplantes (CET), a Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Sergipe e o Banco de Olhos de Sergipe (Bose), equipamentos da Secretaria de Estado da Saúde (SES), divulgaram os números relacionados à doação de órgãos e tecidos para transplantes em 2024. O levantamento registrou 57 doadores em 2024, o que representa um aumento de 42,5% em comparação a 2023, que teve 40 doadores de órgãos.
Ao longo do ano passado, foram realizadas diversas ações para reforçar a importância da doação de órgãos. Prova dessa conscientização é o aumento no número de captações de órgãos, sendo quatro corações, 22 fígados e 54 rins em 2024, aumento de 48,1% comparado a 2023, que realizou a captação de dojs corações, 14 fígados e 38 rins.
O coordenador da CET, Benito Fernandez, reforçou que, apesar do aumento, a conscientização ainda é fundamental para a busca de novos doadores. “O transplante é uma modalidade terapêutica que depende do doador para acontecer. Por isso, reforçamos às pessoas que avisem aos seus familiares sobre ser doador. A OPO intensificou a busca por potenciais doadores, realizando treinamentos, capacitações junto aos profissionais de saúde, que identificam os casos de pacientes com morte encefálica, que são os potenciais doadores. O transplante salva vidas e melhora a qualidade de vida, ressignificando o momento de dor da perda em um ato de solidariedade”, destacou o coordenador.
Superação
O ato de solidariedade representa esperança para os pacientes que necessitam de algum transplante. O coordenador de almoxarifado, Luiz de Gonzaga Hora, de 57 anos, é paciente transplantado e destacou a doação como uma nova chance para viver. “Fui diagnosticado com problema renal e fizemos vários exames específicos; foi constatado que tinha apenas 50% da função renal nos dois rins. Após outras investigações, foi verificado que o meu caso precisava de um transplante. Até conseguir o meu transplante, passei por hemodiálise e dietas para controlar a disfunção renal, e foi quando consegui o meu transplante. Só tenho a agradecer, pois hoje tenho qualidade de vida com a minha família, amigos; tenho uma vida normal”, relatou Luiz.
O transplantado de córnea Bruno Santana relatou que nasceu com uma infecção neonatal logo após o parto. “A cicatrização impedia a entrada de luz nos meus olhos, e por isso precisei de um transplante de córnea. O ato de doar um órgão simboliza um gesto genuíno de amor e empatia para aqueles que estão precisando de um órgão”, relatou.
Seja um doador
No Brasil, não é necessário deixar nada por escrito para ser doador de órgãos e tecidos. Basta manifestar o desejo à família, pois a doação de órgãos e tecidos só acontece após a autorização familiar documentada.
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