Aracaju, 27 de dezembro de 2024
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“20 anos sem Valdir” – Exposição no MP homenageará membro assassinado

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“A morte de um homem não representa o fim de um ideal.”

A Procuradoria-Geral de Justiça, através da Coordenadoria de Documentação e Memória, realizará a exposição “20 anos sem Valdir”. Documentos, objetos pessoais, jornais e fotografias contarão a trajetória do promotor de Justiça Valdir de Freitas Dantas, membro do Ministério Público Sergipano, que foi brutalmente assassinado no dia 19 de março de 1998, no município de Cedro de São João.

A exposição será lançada na próxima segunda-feira, dia 07, às 8h30, no foyer do auditório que leva o nome do membro ministerial, e segue até o dia 30 de maio. Painéis sobre a carreira de Valdir e lembranças de outros membros que também foram assassinados, em razão da atividade funcional, também farão parte da exposição, que poderá ser vista pelo público interno e externo.

Breve biografia do homenageado

Valdir de Freitas Dantas natural de Aracaju/SE, filho de José Dantas e Valdete de Freitas Dantas, tinha três irmãos. Casado com a Sra. Isaura Maria Querino Dantas, tendo desta união nascido três filhos: Renato Querino Dantas, Renoir Querino Dantas e Isadora Querino Dantas.

Cursou as primeiras Letras no Instituto Santa Luzia, passou pelo Colégio Jackson de Figueiredo e fez o curso médio na Escola Técnica Federal de Sergipe, onde formou-se em Edificações. Para diversificar, ainda mais, os conhecimentos, dedicou-se aos estudos das Artes (Cinema, Teatro e Literatura) e empenhou-se no estudo da Antropologia Cultural Brasileira.

Mesmo com imensas dificuldades para graduar-se em Direito na Universidade Federal de Sergipe, estudou com livros emprestados e doados por colegas, galgou ingresso por Concurso Público na honrosa carreira de promotor de Justiça no Ministério Público do Estado de Sergipe, onde desempenhou suas tarefas com dignidade e honradez. Como profissional do Direito, lecionou nos cursos de Administração e Contabilidade dos Colégios Senhor do Bonfim e Dom José Tomaz, e atuou como professor do Curso de Direito da Universidade Tiradentes, nas cadeiras de Direito Civil, Direito Penal e Processual Penal.

Era um entusiasta na defesa da sociedade. Combatia práticas nocivas como a corrupção e a improbidade administrativa. Certamente foi interrompida uma das mais brilhantes carreiras de um profissional do Direito.

A emboscada que vitimou o promotor de Justiça aconteceu no entroncamento da cidade de Cedro de São João, em março de 1998. Ele investigava uma rede de corrupção envolvendo lideranças políticas da cidade.

MPE com informações da Coordenadoria de Documentação e Memória do MPSE

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