Procurado por rodoviários que trabalham no transporte coletivo de Aracaju, o vereador Sargento Vieira (Cidadania) flagrou em alguns veículos que circulavam pela capital que algumas empresas do setor estão extinguindo a função do cobrador de ônibus, em especial durante a pandemia do novo coronavírus (COVID-19). Diante da constatação, Vieira decidiu acionar os órgãos fiscalizadores e todos os envolvidos para entender a medida e encontrar uma solução para preservar os empregos dos trabalhadores.
“É inadmissível que um motorista de ônibus, diante de toda a carga de responsabilidade que este profissional tem sob suas mãos, que é ter atenção com o trânsito e preservar as vidas dos passageiros e até das pessoas nas ruas, ele ainda ter que dividir sua atenção tendo que receber o valor da passagem do transporte e até, se for o caso, passar o troco para o cidadão. Ao buscar economizar, as empresas estão colocando em risco não apenas os rodoviários, mas todos os usuários do serviço”, denuncia Vieira.
Diante do problema, o vereador Sargento Vieira protocolou na Câmara Municipal de Aracaju um requerimento para a Comissão de Obras e Serviços Públicos, Transportes e Meio Ambiente e à Comissão de Saúde, Direitos Humanos, Assistência Social e Defesa do Consumidor, para a realização de uma audiência pública para discutir o processo em andamento de extinção da função do cobrador de ônibus, além da segurança dos usuários e da queda na qualidade dos serviços.
Para a audiência pública, Sargento Vieira está convidando os representantes do SINTRA (Sindicato dos Trabalhadores), do Setransp (Sindicato das Empresas de Ônibus) e da Prefeitura de Aracaju. Ele também encaminhou ofícios para o Ministério Público Estadual, na pessoa da promotora de Justiça, Euza Missano; e para o Ministério Público do Trabalho, na pessoa do procurador do Trabalho, Alexandre Magno Morais Batista de Alvarenga.
“Acho que a Câmara não pode deixar de promover esta discussão porque estamos falando do destino de vários pais de famílias que estão desesperados, perdendo seus postos de trabalho. Não dá para a gente silenciar porque além de tudo isso, tem a queda da qualidade do serviço, sem contar que vai aumentar a pressão sobre os motoristas. Acho que os órgãos fiscalizadores, a PMA, o Setransp e o próprio Sintra precisam chegar a um consenso”, completou o vereador Sargento Vieira.
Por Habacuque Villacorte