Contra os ataques de Belivaldo e Bolsonaro à aposentadoria dos trabalhadores, a manifestação pede revogação da Reforma da Previdência
Por: Iracema Corso
Dia 24 de Janeiro, Dia do Aposentado, é marcado por luta e protesto, em Aracaju/Sergipe. Na porta do Tribunal de Justiça, várias categorias de trabalhadores se uniram no Ato pela Revogação da Reforma da Previdência de Belivaldo e Bolsonaro.
Cravada de irregularidades jurídicas, a Reforma da Previdência Estadual será combatida pelos sindicatos que na manhã desta sexta-feira ingressaram com mandatos de segurança para questionar as ilegalidades. A partir de abril de 2020, os servidores vão sentir no bolso o prejuízo trazido pela Reforma com a perda de 14% de sua aposentadoria e pensão.
Segundo o assessor jurídico do SINTESE, Franklin Magalhães Ribeiro, todas as irregularidades jurídicas da Reforma da Previdência Estadual serão questionadas na Justiça. “Ingressamos com um mandado de segurança com o objetivo de impedir a implementação de um desconto previdenciário sobre as aposentadorias e pensões. O Estado estabeleceu uma alíquota de 14% para aqueles servidores que ganham mais que o salário mínimo, e os sindicatos estão impetrando mandatos de segurança para a proteção dos direitos dos servidores”, resumiu.
O presidente da CUT/SE, Roberto Silva, lembrou que 2020 é ano eleitoral e os 19 deputados estaduais que aprovaram a reforma da previdência devem ser lembrados. “Muitos destes políticos com a cara lisa vão pedir voto ao servidor público que eles massacraram. Temos a obrigação de fazer esta denuncia, vimos os deputados dando gargalhadas de felicidade com a maldade que fizeram contra nós servidores. Muitos deles se aposentaram um dia antes da reforma pra garantir a própria aposentadoria”, protestou.
Para Luís Moura, coordenador do Dieese/Se, não dá mais para continuar sendo enganado por políticos que se elegeram com a promessa de não mexer na previdência do trabalhador. “São 14% a menos para quem ganha acima de um salário mínimo. Isso afeta todos os servidores, só não afeta os deputados que aprovaram a reforma. Com exceção de Iran, eles tiveram a cara de pau de aprovar uma lei pra população trabalhar a vida toda. E eles com 8 anos de mandato já podem se aposentar e não interessa sua idade”, comparou.
Lídia Anjos, do Movimento Nacional de Direitos Humanos, trouxe um manifesto em apoio à luta dos aposentados. “A luta é coletiva, estamos juntos. Defender Direitos Humanos significa defender a dignidade do povo oprimido e lutar contra a flexibilidade para oprimir cada vez mais. A luta das aposentadas e aposentados contra a retirada de direitos é minha luta, portanto estamos aqui neste protesto pela revogação da Reforma da Previdência Estadual”, afirmou.
O ato foi construído por dirigentes da CUT, CTB, UGT, Conlutas e contou com a presença de militantes do SINTESE, SINDIJUS, SINDIPREV/SE, Sindiserv Poço Verde, Fetam/Se, Sindiserve Muribeca, Sindijor, SINDIBRITO, Seese, Sindifisco, MNDH, Sintrase, Adufs, Sintufs, entre outras organizações sindicais. Também participaram do protesto militantes do PT, PSOL, PCdoB, PSTU, e PCB.
Foto assessoria