Aracaju, 22 de novembro de 2024
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GE instala na usina termoelétrica sergipana uma das mais robustas linhas de transmissão

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A linha de transmissão tem cerca de 34 km de comprimento, 80 torres e atravessa quatro municípios

De desafio em desafio, a GE vai construindo a nova usina termoelétrica Porto de Sergipe I, da empresa CELSE – Centrais Elétricas de Sergipe S.A., na cidade sergipana de Barra dos Coqueiros. A Grid Solutions, divisão de transmissão e distribuição da GE, está finalizando os testes de comissionamento dos equipamentos de alta tensão na subestação da planta, que vai transmitir energia em 500kV até a subestação Jardim, gerenciada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (CHESF) no município de Nossa Senhora do Socorro, para distribuir na rede básica do sistema elétrico nacional.

A linha de transmissão tem cerca de 34 km de comprimento, 80 torres e é composta por dois circuitos de transmissão independentes, com 24 condutores e  dois cabos de comunicação. Por ter uma redundância completa, a linha de circuito duplo traz mais segurança operacional para a transmissão de energia, transferindo automaticamente a transmissão de um circuito para outro em caso de incidente, podendo reduzir significativamente os riscos de blecaute. A linha possui um total de 3.0 GW de capacidade para escoar a energia da térmica até a rede elétrica.

É a primeira vez que a GE entrega, no Brasil, uma linha de transmissão desse porte, agregando valor ao seu fornecimento tradicional de subestações de alta tensão. “Hoje podemos integrar aos nossos projetos o fornecimento de linhas de transmissão em alta tensão complexas como essa que instalamos na térmica sergipana”, explica o diretor de projetos da GE Grid, Sébastien Marlier. Ele ressalta que, num projeto dessa magnitude, os desafios são na mesma proporção. “Um dos nossos maiores desafios foi implantar um sistema de alta tensão sem impacto ao meio ambiente, ao patrimônio histórico e às comunidades locais. Essa preocupação esteve presente em todo o processo de desenvolvimento do projeto e de construção da linha pela CELSE e GE”.

Dentro das exigências ambientais previstas na licença ambiental do empreendimento emitida pela Administração Estadual Do Meio Ambiente de Sergipe (ADEMA), foi feito ao longo da construção o resgate de fauna e flora acompanhado de especialistas em meio ambiente e uma equipe de arqueólogos habilitados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) acompanhou a abertura da faixa de servidão da linha e todos os trabalhos de escavação. Ao longo da obra, foram descobertos cerca de 20 sítios arqueológicos. O material resgatado pelos arqueólogos foi destinado a um museu sergipano.

Outro desafio superado foi a travessia da linha de transmissão no Rio Sergipe. As torres, em aço, têm em média 30 m de altura e os vãos entre duas torres, aproximadamente 500 metros. A travessia do rio exigiu torres muito altas, com 80 metros de altura, pesando cerca de 50 toneladas e um vão de 650 metros. Sébastien relata como foi essa logística: “O lançamento dos cabos também foi diferenciado nessas situações. Ao invés de utilizarmos equipamentos para o lançamento semi-automatizado, como costumamos fazer, levamos os cabos para serem instalados de forma manual, em balsas para atravessar o rio. Todo esse trabalho foi feito com uma forte preocupação ambiental, sem interferir na atividade dos pescadores da região”.

A potência instalada da planta é de 1.5 GW, uma das maiores usinas termoelétricas em construção na América Latina com ciclo combinado a gás e vapor. O sistema de transmissão, incluindo os equipamento de alta tensão e o sistema de proteção, foi dimensionado em consequência, com um potencial de evolução futura. Os transformadores elevadores, têm uma potência acumulada correspondendo a 2 GW, sendo  que o transformador da turbina a vapor de ciclo combinado é um dos maiores que a GE já fabricou no Brasil, com uma potência útil de mais de 700 MVA. A subestação implantada para receber e escoar a energia desse projeto já foi construída com capacidade de ampliação futura, de acordo com Sébastien.

Quando entrar em operação comercial, em janeiro de 2020, a UTE Porto de Sergipe I poderá ter capacidade de geração de cerca de 1.551 MW, atendendo até 15% da demanda energética da região Nordeste, gerando energia para os lares de 20 milhões de brasileiros. A usina pode quadruplicar a geração anual de energia de Sergipe e tornar o menor estado brasileiro o segundo maior gerador de energia da região.

GE –  Agência UniCom

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