Aracaju, 21 de novembro de 2024
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PF prende em Canindé um dos líderes do PCC que se passava por empresário

paca

A Polícia Federal (PF) prendeu, neste domingo (7), em Sergipe, Carlenilton Pereira Maltas, acusado de ser um dos executores de Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, em fevereiro de 2018, no Ceará. Os dois eram chefes de uma facção que comanda o crime organizado dentro e fora dos presídios. O mandado de prisão foi expedido pelo juízo da Comarca de Aquiraz, na Grande Fortaleza. A captura foi resultado de trabalho conjunto das Superintendências da PF do Ceará e de Sergipe.

Gegê e Paca foram encontrados mortos em reserva indígena na Região Metropolitana de Fortaleza, em fevereiro do ano passado. Conforme a investigação, membros da facção ordenaram a morte dos dois porque eles usavam dinheiro da organização criminosa para sustentar uma vida de luxo em Aquiraz, área nobre do litoral cearense. Eles viviam em uma mansão e possuíam carros de luxo, que foram apreendidos pela Justiça.

Carlenilto, que era conhecido em Sergipe como Ceará”, viveu por muitos anos no Estado, Em Canindé a informação é de que apenas um delegado de Polícia sabia que o indivíduo era uma forte liderança do PCC. Na cidade de Canindé de São Francisco, onde vivia com sua mulher e três filhos, era conhecido pela sociedade como um empresário de sucesso no Estado de São Paulo e também no Nordeste, situação que justificaria seus repentinos e longos desaparecimentos daquele Município.

Prisão em São Paulo

No mês de janeiro de 2019, a Polícia Federal prendeu, em São Paulo, Jefte Ferreira dos Santos, outro acusado de envolvimento das mortes de Gegê e Paca.

Segundo o Ministério Público do Ceará, Jefte dos Santos teve participação decisiva e fundamental para a prática do duplo homicídio. De acordo com a PF, ele não participou de forma direta no assassinato, mas reservou a hospedagem onde os outros criminosos ficaram em Fortaleza, no Ceará, antes da execução.

Jefte dos Santos era considerado foragido e foi denunciado pelo Ministério Público à Justiça pela participação no crime. Ele estava com o namorado, em uma casa de praia em Itanhaém, litoral sul de São Paulo, quando foi preso. Após a detenção, ele foi levado para a Superintendência da Polícia Federal na capital.

Os agentes da PF apreenderam com Jefte apenas telefones celulares. Ele deverá permanecer em São Paulo até ser transferido para o Ceará, onde estão concentradas as investigações. A PF também procura a mãe dele por participação no crime, mas ela segue foragida.

Gegê do Mangue e Paca foram mortos na manhã do dia 15 de fevereiro de 2018. Os corpos foram encontrados no dia seguinte, na mata de uma reserva indígena, em Aquiraz, a 30 quilômetros de Fortaleza, no litoral leste do estado.

Gegê era considerado um dos membros da cúpula da facção. Havia a suspeita de que ele estivesse controlando o tráfico de drogas no Paraguai. Ele já havia sido condenado a 47 anos, 7 meses e 15 dias de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha armada.

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