Semana passada, a Associação dos Militares do Estado de Sergipe – AMESE, oficiou o Ministério Público do Trabalho solicitando que fosse realizada vistoria técnica nas instalações do Quartel do Comando Geral da Polícia Militar de Sergipe (relembre clicando aqui).
Nos dias que se sucederam a este ato, diversos militares realizaram contato comigo informando que suas unidades policiais – assim como as do Corpo de Bombeiros – também se encontravam em estado de penúria. Anexas aos pedidos, várias fotografias de rachaduras em paredes, banheiros destruídos, telhados em condições precárias, fiações expostas. Enfim, uma grande circo dos horrores que retrata as situações vexatórias a que estão submetidos aqueles que têm o compromisso de defender a sociedade.
A estes colegas, dizemos que se tranquilizem. O ato de solicitar a inspeção do Quartel do Comando Geral é simbólico. Ora, se as instalações físicas que abrigam o comandante-geral e seu Estado-Maior estão em condições deploráveis, imagine como se encontram as unidades mais afastadas da Capital? Registro que boa parte do QCG se encontra interditada pela própria PM.
Não é de agora que mostramos o desrespeito à tropa policial militar, e por extensão à sociedade, no tocante à condições precárias de trabalho. Basta realizar uma busca rápida na internet e o trabalho da associação será exposto.
Alguns colegas afirmaram que o referido pedido deveria ter sido feito ao Ministério Público de Sergipe, ao invés do MPT. Explicamos. Já notificamos por diversas vezes o MPSE e – não sabemos o motivo – pouca coisa foi feita a respeito destas reclamações. Prova disso é a Companhia de Nossa Senhora da Glória (demanda antiga desta associação) que até a presente data funciona em um prédio miserável.
Esperamos que o Ministério Público do Trabalho (ente federal) em respeito à dignidade das condições de trabalho do ser humano, intervenha e diga se há ou não condições de um trabalhador prestar seu serviço em uma instalação que, aparentemente, se encontra condenada.
Do fundo do meu coração, torço para que, enquanto não for realizada a inspeção por parte do MPT, que nenhum acidente ocorra com nenhum policial militar ou funcionário civil que trabalha no Quartel do Comando Geral. Aguardemos o desenrolar dos fatos.
Por Jorge Vieira da Cruz
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