Aracaju, 26 de dezembro de 2024
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CELSE RECEBE DA ANTAQ REGISTRO INSTALAÇÃO DE APOIO AQUAVIÁRIO

Autorização foi concedida pela agência regulatória e representa um passo importante para o setor de geração de energia no Brasil

Centrais Elétricas de Sergipe obteve da ANTAQ (Agência Nacional de Transportes Aquaviários) a autorização para as “Instalações de Apoio ao Transporte Aquaviário”, ou seja, para a instalação do navio FSRU Golar Nanook, que regaseificará o GNL (Gás Natural Liquefeito) importado como parte do Complexo Termoelétrico Porto de Sergipe I.

A aprovação foi um importante passo para CELSE por consistir um pré-requisito para emissão da autorização pela ANP (Agência Nacional do Petróleo) da construção do gasoduto que conectará o FSRU ao complexo – última etapa para que a empresa inicie as obras das Instalações Offshore.

Essa é a primeira aprovação da ANTAQ para registro de unidade de regaseificação com base na Resolução Normativa nº13, de 2016, que dispõe sobre o registro de instalações de apoio ao transporte aquaviário, consolidando o poder normativo da agência para abraçar novos projetos estratégicos para o país. “A autorização representa um marco importante para um mercado novo que se consolida como solução de médio prazo para matriz energética brasileira, e demonstra que a agência acompanha a evolução do setor ao permitir de forma inédita a instalação de uma embarcação com sistema de ancoragem próprio, ou seja, sem plataforma ou estrutura portuária”, afirma Pedro Litsek, presidente da CELSE. “Abrimos espaço para outros agentes seguirem o mesmo caminho regulatório que a Celse está trilhando.”

A partir dessa decisão, a agência reguladora uniformizou seu entendimento quanto à ausência de transporte marítimo e navegação da FSRU, que fornecerá o GNL como combustível da UTE. “O êxito na obtenção dessa autorização só foi possível graças a intenso comprometimento e esforços da empresa, que abriu inúmeras frentes para diálogo com os órgãos e agências envolvidos na obtenção do registro, buscando, assim, agilizar a assimilação desse projeto de caráter inovador no mundo e estratégico para o Brasil, com baixo impacto ambiental e elevado nível de segurança operacional”, explica Litsek.

A importância do gás para as usinas termoelétricas é confirmada pelo informe técnico “Terminais de Regaseificação de GNL em Portos Brasileiros”, da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), ligada ao Ministério de Minas e Energia, que aponta para o “cadastramento de 23 projetos de termelétricas a gás natural no leilão de energia nova A-6, totalizando 21,5 GW (40% da potência cadastrada) em setembro de 2017”. O documento aponta ainda que “os projetos que apresentaram termelétricas associadas aos terminais de GNL obtiveram resultados mais competitivos do que as termelétricas que receberiam gás natural de outras origens”.

Unidade flutuante

O Complexo é formado pela Usina Termoelétrica Porto de Sergipe, que converterá gás natural em energia elétrica; pela Linha de Transmissão, que levará energia até a rede de transmissão; e pelas Instalações Offshore, que contemplam uma unidade de armazenamento e regaseificação GNL e gasoduto até a usina. Toda essa estrutura utilizará tecnologia de ponta, o que otimizará a usina em seu nível mais elevado de produção.

A configuração de operação de uma unidade flutuante de armazenamento e regaseificação de GNL, em ambiente offshore e ancorada em sistema do tipo soft yoke submarino (SSYS), fornecendo de maneira exclusiva combustível para geração elétrica, a chamada LNG to Power – é inédita em todo o mundo e mais uma demonstração de pioneirismo do empreendimento. Esse sistema alia os mais recentes desenvolvimentos tecnológicos da indústria de gás e engenharia submarina à sólida experiência operacional e de desenvolvimento de projetos integrados de GNL.

Nessa estruturação inovadora, a FRSU ficará acoplada ao SSYS durante os 25 anos de operação da UTE Porto de Sergipe I, com possibilidade de girar 360º em torno do ponto de conexão, ficando alinhada à somatória das condições de mar. A unidade flutuante terá caráter estacionário, ou seja, não vai realizar qualquer tipo de navegação em águas brasileiras durante toda a extensão do contrato de fornecimento de energia, sendo necessária apenas uma única docagem até 2044.

A construção do complexo teve início em agosto de 2016 e atualmente está na fase de montagem eletromecânica, com 50% da obra concluída. Em 2019, começa a fase de testes e comissionamento. Em janeiro de 2020, a usina estará pronta para fornecer energia comercialmente. Este é o maior investimento privado já feito em Sergipe, no valor de R$ 5 bilhões.

Sobre a CELSE

A CELSE (Centrais Elétricas de Sergipe S.A.), empresa criada pela brasileira EBRASIL – Eletricidade do Brasil e a Golar Power (joint-venture entre a norueguesa Golar LNG e o fundo de investimentos americano Stonepeak Infrastructure Partners), foi fundada em 2015 para a geração e comercialização de energia elétrica a partir de unidades geradoras de energia termoelétrica a gás. A empresa, instalada no estado de Sergipe em uma área de 130 hectares, no município de Barra dos Coqueiros, terá uma capacidade instalada de 1.551 MW. A CELSE foi vitoriosa no Leilão de Energia Nova A-5 em abril de 2015, firmando 26 contratos de venda de energia com data de operação comercial em janeiro de 2020.

CDN Comunicação

 

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